O dia seguinte chegou com uma sensação de pressa e urgência. Valmor estava em sua rotina habitual, mas dentro de mim havia uma ansiedade crescente. Tudo parecia diferente agora. A descoberta de um irmão perdido, de uma verdade enterrada, me colocou em um caminho sem volta. Não havia mais tempo a perder.
Quando saí de casa, as ruas ainda estavam mornas, com o sol tentando romper as nuvens, mas a neblina da manhã insistia em persistir. O peso das palavras de Rafael ecoava em minha mente, como se elas tivessem sido ditas em um tom mais grave, mais sério, como se a revelação de um irmão fosse apenas o começo de algo ainda mais complicado. Eu não sabia o que esperar, mas sabia que nada mais seria simples.
No escritório, os papéis estavam espalhados sobre a mesa. Eu havia estudado os documentos à noite, relendo cada linha, cada nome, buscando um fio de esperança, uma pista que me desse mais segurança. Não havia muito o que eu pudesse fazer sozinho. Rafael estava certo – precisávamos ir a