O coração de Samuel batia com tanta força que ele achou que fosse explodir. Atrás do armário empoeirado, mal conseguia respirar, segurando firme os papéis e a pulseira como se fossem escudos contra o desconhecido. Do outro lado do sótão, a mulher permanecia imóvel, diante do homem que agora fechava a porta com força atrás de si.
— Não tente me enganar, Teresa — disse ele com frieza. — Sei que ele está aqui.
Samuel sentiu um arrepio ao ouvir o nome da mulher. Teresa. O som parecia ecoar algo dentro dele, como se aquela palavra tivesse estado presente em seus sonhos mais antigos, em lembranças que ele nunca soube se eram reais.
— Você está cometendo um erro — respondeu Teresa, sua voz firme, mas contida. — Ele tem o direito de saber.
— Não me venha com isso. Você sabe o que está em jogo. Se ele descobrir demais, todos os anos de proteção terão sido em vão.
Samuel desejava poder ver os rostos deles, decifrar as intenções por trás das palavras, mas qualquer movimento revelaria sua pr