A porta se abriu lentamente, e o que vi me deixou sem palavras. À minha frente, estava um homem mais velho, com olhos que me pareciam familiares, mas ao mesmo tempo distantes. Seu rosto estava marcado pelo tempo, mas sua postura era imponente, e sua expressão carregava um misto de curiosidade e preocupação.
— Samuel… — Ele disse, sua voz soando como se estivesse tentando se lembrar de algo. — Eu sabia que esse dia chegaria.
O homem à minha frente não era o meu irmão. Era o pai adotivo dele. O homem que, segundo o diretor do orfanato, o havia levado para longe de Valmor. Sua aparência me causava uma mistura de emoções. Estava diante de um homem que, de alguma forma, havia feito parte da vida de alguém que eu considerava meu, mas que, ao mesmo tempo, era um estranho para mim.
— O senhor é…? — Perguntei, sem saber ao certo o que dizer. — Eu sou Samuel. Estou procurando meu irmão. Ele foi adotado por sua família, muitos anos atrás.
O homem me observou com um olhar penetrante, como se