O céu, encoberto por nuvens densas, deixava a floresta envolta em uma escuridão opressora. O vento carregava um cheiro úmido de terra molhada e folhas apodrecidas. Samuel correu com o coração disparado, os pés afundando no solo encharcado, o som do grito ainda ecoando em sua mente. Algo naquele lamento feminino mexera com ele de um jeito estranho. Parecia vir de um lugar profundo, conhecido.
Teresa gritava atrás dele, mas suas palavras se perdiam no barulho dos galhos quebrando sob seus passos apressados.
— Samuel! Volte aqui! Espere!
Ele não podia parar. O instinto era mais forte. Algo em seu peito dizia que precisava ver com os próprios olhos. Precisava ter certeza.
A trilha que percorria levava a uma clareira pequena, cercada por árvores de troncos grossos e raízes expostas. Quando chegou lá, viu a figura caída no chão, vestida com roupas rasgadas e coberta de lama. A mulher tremia, quase em choque. O cabelo desgrenhado escondia seu rosto, mas Samuel se ajoelhou ao lado dela e