Chiara é modelo, estudante de design de moda e gestão de inovação e empreendedorismo. Eros é grego, herdeiro do grupo Makris, possui uma rede de hotéis com filiais em toda a Europa, além de outros empreendimentos no ramo da publicidade. Ele está no último ano da universidade. Chiara é leve, amiga, leal, mas sem papas na língua. Eros é um cara que coleciona mulheres, mas sempre coloca a família em primeiro lugar. Chiara fica feliz da vida ao descobrir que a sua mãe está refazendo a vida depois de anos viúva. Eros, está igualmente feliz pelo seu pai que vivia um luto pela esposa à quinze anos. Como dois perfeitos estranhos, Eros e Chiara têm a melhor noite de amor de suas vidas, sem fazer ideia que semanas depois seus caminhos se cruzariam e eles passariam a ser mais próximos do que imaginavam.
Leer másCHIARA GIORGANO
As mãos do estranho deslizam pela lateral do meu corpo. Seu rosto está tão perto, que sua respiração quente acaricia meu ouvido. Seus lábios tocam meu pescoço com suavidade, arrepiando cada fio de cabelo do meu corpo. Sinto desejo em seus olhos enquanto nos movimentamos no ritmo da batida. Será que meus esforços valeram a pena? Durante toda à noite, passei os dedos pelos fios dos meus cabelos, fingindo dançar despretensiosamente. Após alguns drinks docinhos e cor-de-rosa, passei a encará-lo descaradamente. Achando pouco, ainda me aproximei e meti um: Olá, estranho! Olá, estranho, Chiara? É sério? Após a minha abordagem nada convencional, principalmente para mim que nunca fiz algo nem parecido, eu precisava manter a minha pose de mulher cheia de atitude, então o chamei para dançar. Ele sorriu, ainda não sei se de mim ou da minha audácia. O que eu sei é que ele aceitou dançar, e eu gostei de sentir suas mãos firmes sob o meu corpo, enquanto nossos corpos se movimentavam em sintonia. - Era isso que você queria, estranha? - pergunta, aproximando os seus lábios do meu ouvido com sua voz rouca. - Quase - o encaro, pressionando os meus seios contra o seu peito. - Você ainda não me beijou. Chiara, você hoje está demais. Os seus dedos apertam a minha cintura, ele parece ponderar. - O que foi? - o encaro, com os meus olhos em uma linha reta. - Eu quero - o aperto na minha cintura fica ainda mais forte. - Droga, eu quero. Encaro a sua boca, mas ele não se move. Será que está esperando que eu o beije? É claro que está, Chiara! Você tomou a iniciativa de tudo até agora. Estou prestes a fazer o que eu acho que ele está esperando, quando sua mão vai até a minha boca, impedindo a aproximação. - Mas, não parece certo - ele fala, me deixando confusa. Eu pisco os meus olhos e nego. - Do que está falando? - De onde eu estava, contei cinco drinks, e, se eu te beijar, não vou querer parar no beijo. Mas, eu não me aproveito de mulheres bêbadas. Então quer dizer que estava me observando, estranho? Um sorriso se forma em meu rosto com a constatação. - É isso? - sorrio. - Um fato sobre mim: apesar da pouca idade, sou bem resistente ao álcool - me ponho de ponta de pé e passo a minha língua na linha dos seus lábios. Já que estou na chuva, vou me molhar. Mordo o meu lábio inferior, vendo o seu olhar ficar vidrado e sinto mais um aperto, dessa vez no meu quadril. - Garota, você está brincando com fogo - sinto o seu hálito quente e delicioso na minha boca. - E se eu quiser me queimar? - pergunto, olhando fixamente em seus olhos. Tá, eu sei que é meio clichê e chega a ser piegas, mas ele que começou. O estranho lindo de morrer, roça os nossos quadris, me fazendo sentir o volume da sua excitação. - Sente o quando está me deixando louco? - S-sim... - respondo, em um sussurro. O estranho passa os seus dedos pelos meus cabelos, próximo a nuca. Sua outra mão leva o meu corpo a colar no dele. Ele puxa levemente meus fios de cabelo, pressionando minha cabeça para trás. Meus olhos alternam entre seus olhos ávidos e sua boca convidativa. Nossos lábios se tocam, nossas respirações se misturam, e dou passagem para a sua língua atrevida que invade a minha boca sedenta. Eu pressiono a minha língua brincando com a sua, fazendo-o gemer na minha boca. Ele tem cara de Massimo ou Leonardo, se bem que não tenho certeza se é italiano. Conversamos pouco, mas percebi um leve sotaque. O estranho gato leva a língua até o meu pescoço, e solto um gemido involuntário. Sinto um calor e algo úmido entre as minhas coxas. Eu puxo os seus cabelos e trago seus lábios novamente para os meus. Nosso encaixe é perfeito, sua língua é quente, seus lábios macios, eu o beijaria por horas e horas. - Eu estou hospedado em um hotel a três quadras daqui - fala, com sua testa colada na minha. - O que acha de sairmos daqui? Só nesse momento, me lembro da Elisa, minha nova amiga da universidade, que me fez tirar o pijama e a pantufa para vir à boate do meu cunhado, Matteo. Tento ligar para a garota duas vezes, mas chama algumas vezes até cair na caixa postal. Desconfio que ela estava de olho apenas nas entradas Vips de graça, visto que estudamos na mesma universidade há dois anos, e ela nunca tentou nenhum tipo de aproximação. Sem falar que ela parece ter evaporado logo depois que chegamos. - Vamos - falo, fitando o estranho incrivelmente atraente à minha frente. Ele deposita sua mão em minha cintura e andamos até a saída da boate. O manobrista entrega a chave do carro para o estranho, que se mostra um cavalheiro, abrindo a porta do seu carro esportivo de luxo para mim. O veículo entra em movimento, e o ar fica pesado por toda a tensão sexual. Ele parece ter pressa ou está apenas querendo me impressionar com a potência do seu carro. Agora que não estamos mais no ambiente escuro da boate, posso analisá-lo melhor, e gosto do que vejo. - O que foi? - ele pergunta, com um sorriso tímido. Seu sorriso é lindo, diga-se de passagem. - Nada - volto a olhar para frente, mas sua mão ousada vai para o meio das minhas coxas. Como o hotel fica a poucas quadras da boate, em dois ou três minutos chegamos. Ele novamente abre a porta do carro para mim, e caminhamos pelo hall do hotel até o elevador. - Quando me disse que estava hospedado próximo à boate, não imaginei que fosse no Hotel Makris. A diária desse lugar é uma verdadeira fortuna - comento. Se bem que, para uma pessoa que tem um carro luxuoso como o dele, uma diária desse hotel não deve ser nada. +++ Entramos, e ele aperta o botão para o último andar. Um casal de meia idade entra no mesmo elevador. Ficamos na parte de trás, e o meu estranho ousado desliza os seus dedos pela parte interna da minha coxa, até chegar no meu ponto mais sensível. Isso me causa sensações que me fazem querer instintivamente fechar as minhas pernas. Meus lábios ficam em uma linha reta na tentativa de conter um gemido. O casal desce no sétimo andar e, assim que a porta se fecha, o estranho me pressiona contra a parede do elevador com o seu corpo. Uma de suas mãos aperta minhas nádegas, enquanto a outra orquestra um beijo cheio de urgência. O elevador chega ao último andar, onde fica a suíte presidencial. Ele entrelaça nossos dedos e, após caminhar ao meu lado por alguns passos, encosta um cartão na maçaneta da última porta daquele corredor, fazendo-a se abrir. - Uau, esse lugar é lindo! - comento, olhando tudo em volta ao adentrar a suíte luxuosa. Ele me leva até uma varanda. - Esse é o meu lugar preferido daqui - diz, vislumbrando as luzes da cidade. Sinto uma brisa fresca deliciosa. - Está com frio? - pergunta. - Não. O clima está agradável. - Você está ainda mais linda com as luzes da cidade iluminando o seu rosto. Sinto minhas bochechas esquentarem. Ele começa a se aproximar e o meu coração erra algumas batidas. - Vamos continuar sem falar os nossos nomes? - pergunta, enquanto o dorso da sua mão acaricia a lateral do meu rosto. - Não está achando divertido? - Você me intriga, estranha. Sorrio. Minhas mãos alcançam a sua nuca. Dessa vez sou eu que orquestro o nosso beijo. Suas mãos habilidosas erguem o meu corpo, e minhas pernas cravam o seu quadril. Ele caminha comigo em seus braços até a cama e me deita com delicadeza. O estranho tira uma sandália do meu pé, depois a outra. Suas mãos deslizam sobre a minha pele, fazendo-o erguer lentamente o meu vestido. Estou apenas com um conjunto de lingerie preto. A luxúria é evidente em seus olhos escurecidos. Ele parece faminto e me olha como uma presa. Sua boca vai ao meu pescoço, me causando arrepios, enquanto suas mãos ousadas estão em meus seios. A expectativa do que está prestes a acontecer me deixa ansiosa. Eu preciso falar que... - Há algo importante que eu não te contei - falo, com meus batimentos acelerados. Ele para de mapear o caminho do meu pescoço com os seus beijos molhados e me fita. Preciso ser direta. - Eu nunca fiz isso - falo, e parece que eu acabei de contar que tenho uma doença contagiosa. - Isso não é o tipo de coisa que se esquece de contar - ele fala, sentando-se na cama. - Eu não disse que esqueci, disse que não contei - respondo, frustrada. - Por que isso seria uma questão para você? Deveria ter relevância ou não, apenas para mim. - Você nunca fez isso e vai se entregar para mim? Não sabemos nem os nossos nomes - ele retruca, confuso. - Olha, não é como se eu quisesse que a minha primeira vez acontecesse com o meu príncipe encantado, o grande amor da minha vida - me sento ao seu lado. - Para falar a verdade, nem acho que encontrar o amor da sua vida seja para todas as pessoas. Ele parece ainda mais confuso. - Eu só queria que acontecesse quando eu estivesse verdadeiramente afim, e isso nunca aconteceu até então. - Tem certeza que é isso que você quer? - Sim - sorrio, acariciando o seu braço. - Isso é, se você ainda quiser. Um sorriso carregado de luxúria e malícia seu forma em seu rosto. - Prometo que darei tudo de mim para que o prazer supere cada desconforto que você venha a sentir - ele fala. O estranho tira sua roupa, ele tem pressa para ficar completamente despido, e não escondo a apreciação ao observar sua nudez. Seu corpo é tão definido, nada de muitos músculos, mas os gominhos do abdômen são um convite à perdição. Ele me deita novamente na cama, sua língua invade a minha boca em um beijo carregado de desejo. As mãos habilidosas do estranho rapidamente abre o meu sutiã o jogando longe. Sua boca volta a mapear o meu pescoço. - Acho que foi aqui que eu parei - sua voz rouca fala, mordendo a ponta da minha orelha. - Foi bem aí - sussurro, com os meus olhos fechados aproveitando aquelas sensações. A sua boca desce até os meus seios, sua língua quente me causa sensações deliciosas, chego a arquear a minha cabeça, enquanto me esforço para conter os meus gemidos. Sua boca desde ainda mais. Agora ele se abaixa entre as minhas pernas, enquanto os seus dedos acariciam o meio das minhas coxas. - Eu quero te provar, estranha, tenho certeza que é deliciosa. A simples expectativa já me deixa tão excitada. Ele aproxima a sua boca da minha entrada, e o seu hálito quente faz eu me contorcer, impaciente. - Pode parar de me tortu... Ah... - ele puxa o meu botão sensível entre os dentes e o morde suavemente. - AHH... Sua língua substitui os dentes, se movimentando com maestria, distribuindo ondas de prazer por todo o meu corpo. Uma de suas mãos sobe e volta a acariciar um dos meus seios, enquanto sua boca suga maltratando minha parte mais sensível Minha cabeça vai para trás, meu gemido se torna mais audível, enquanto instintivamente eu tento fechar as pernas. Seus braços seguram firmemente as minhas coxas, fazendo com que eu permaneça no lugar. Ele me lambe, e sabe muito bem o que está fazendo. O prazer que ele me proporciona chega a ser torturante de tão intenso. Sua língua vai até a minha entrada e investe ali, até que volta para o meu botão. Estou à beira de um colapso, meu corpo está em chamas, até que o ápice me atinge em cheio. Os meus gemidos involuntários, a forma que o meu corpo se contorce e minha tentativa sem sucesso de tirá-lo do meio das minhas pernas, entrega o quão intensas foram as sensações daquele orgasmo. - Céus, isso foi... - tento completar a frase, mas falho, ainda não me recuperei. Ele lambe a minha excitação, fazendo o meu corpo responder com espasmos. Achando pouco, ele dá um tapa brincalhão na minha boceta sensível, me fazendo gritar. Isso é bom e torturante ao mesmo tempo. Eu alçando os seus ombro e o puxo para ficar por cima de mim. Tomo sua boca em um beijo sedento e sinto meu sabor em sua boca. Enquanto me perco em seus lábios, escuto o barulho da embalagem da camisinha sendo rasgada. Seus olhos estão fixos nos meus enquanto ele coloca a proteção e se posiciona na minha entrada. É agora. - Está tensa? - ele pergunta, uma ruga de preocupação se forma em sua testa. - Um pouco - respondo, envergonhada. - Relaxa o seu corpo ao máximo - ele fala, pincelando o seu pau de cima a baixo, até se posicionar na minha entrada. Ele entra devagar, mas, ainda assim, parece me rasgar por inteiro. - Ai... - meu gemido é de dor. Ele para, acaricia o meu rosto e me beija. - Estou te machucando? - ele pergunta, preocupado. - Pode continuar - tento suavizar a expressão do meu rosto, mas a dor ardente ainda incômoda. Ele entra ainda mais, até que se enfia totalmente. A minha vontade é xingar todas os palavrões que vem a mente, mas me contenho, ao invés disso, cravo as minhas unhas em suas costas. Ele para de se movimentar, mantendo o contato visual. - Você é uma delícia! - fala, sua voz está ainda mais rouca. - Tão apertada. - Ou é o seu... que é muito exagerado? - pergunto, e ele sorri, presunçoso. Eu começo a movimentar o meu quadril. Ele entende o recado e começa a se mover dentro de mim. A cada estocada, a ardência dá lugar ao prazer. O contato visual permanece, e ele aumenta o ritmo, encontrando o meu ponto mais sensível com seu dedo, e atingindo-o repetidamente. Se eu senti algum desconforto anteriormente, nem lembro. O prazer se espalha pelo meu corpo novamente. - Quero te ver cavalgando por cima se mim - ele fala, seus olhos brilham de luxúria. Sem sair de mim, ele crava a minha perna em seu quadril e senta na cama comigo em seu colo. Nossos olhos estão a pouquíssimos centímetros, nossas respirações quentes se misturam, o suor exala da nossa pele toda a nossa excitação, o cheiro de sexo, tudo isso consome toda a atmosfera do local. As sensações e descargas de prazer se misturam pelo meu corpo enquanto subo e desço por cima dele com os meus braços em volta do seu pescoço. O ápice me atinge em cheio novamente, já não consigo mais me movimentar com tanta sincronia. Os gemidos roucos do estranho estão ainda mais altos. Ele segura firme a minha bunda, me ajuda a cavalgar por cima dele e chega a erguer a sua cabeça para cima quando atingimos o ápice juntos.CHIARASEIS MESES DEPOIS...— Enfim, formadas! — falo, abraçando Olívia após o meu discurso como oradora da turma. Na próxima semana, iniciaremos nossos estágios na Fascino, eu como design de moda e Olívia como estilista. Eu também voltei a modelar. Tenho vários desfiles e fotos em estúdios, agendados para os próximos meses.Eu e Olívia decidimos que no futuro, quando adquirirmos bastante experiência e quando eu me formar em gestão de inovação e empreendedorismo na outra universidade, fundaremos a nossa própria marca como sócias.Atlas e ela continuam com a relação de amigos com privilégios e estão bem com isso, pelo menos é o que dizem.Meu deus grego também se formou. Infelizmente, não estaremos mais juntos na universidade todos os dias.Eros, Atlas e Theodore se tornaram sócios na agência de publicidade na Itália. Foi acertado que seria uma empresa familiar, sem acionistas externos e que cada um seria detentor de trinta e três por cento das ações. Foi a forma que o meu padrasto e
CHIARAEscutamos batidas na porta.— Posso entrar? — Olívia coloca a cabeça para dentro do quarto.— Claro, amiga — respondo, e ela vem em minha direção para um abraço.— Atlas me falou o que aconteceu.— Ah, foi? — sorrio.— Vou pegar um café. Aceita, Olívia? — Eros pergunta.— Não, obrigada, Eros! — ela responde.— Amor, não vou te oferecer porque não sei se pode tomar. Ele me dá um selinho e deixa o quarto.— Amor, é? — Olívia pergunta, com um evidente sarcasmo. Sorrio, sem graça. — Como você está? — ela pergunta.— Estou bem. Ainda sinto o inchaço, mas nada que comprometa a minha respiração.— Foi a tal Elisa, né? — Sim. Presumo que também foi Atlas que te contou.— Presumiu certo — ela sorri.— Como vocês estão?— Nós queremos o mesmo: amizade com privilégios.— Muito modernos — brinco. — E Ugo?— Chegou ontem à noite na Suíça. Assumiu hoje a empresa de lá. Há alguns minutos, me ligou se desculpando por todo mal que me causou e desejando que eu seja feliz.— Você acha que fo
EROSALGUNS DIAS DEPOIS...Não foi nada fácil descobrir após quinze anos, que o que aconteceu com a minha mãe não foi uma fatalidade, mas sim, que a vida dela foi interrompida. Aquela mulher, aquele monstro, teve coragem de destruir uma família, de matar a própria irmã, de deixar duas crianças sem mãe por pura inveja.Apolo nunca me enganou, mas não achei que a sua maldade chegasse a tanto. Meu tio Leonidas era uma boa pessoa e não merecia o fim que teve, não merecia ser apunhalado pelas costas da forma que foi pelo seu único filho e por quem dormia ao seu lado. Pelo menos, mesmo que tardiamente, minha mãe e o tio Leonidas foram vingados. Há dois dias atrás, foi o julgamento e Apolo e Hebe pegaram prisão perpétua. Já o investigador que ajudou aquela maldita, atrapalhando as investigações, foi exonerada do cargo e pegou dois anos de prisão. O homem que sabotou os freios morreu assassinado há alguns anos, e espero que esteja queimando no inferno.Por falar em prisões, Penélope e Demet
CHIARA Como é difícil me manter firme quando ele está bem aqui na minha frente.Eros percebe que me acalmo e solta os meus braços.— Você só pode estar tentando me deixar louca, não existe outra explicação — falo, tomando a sua boca em um beijo urgente, que faz o meu corpo arder de desejo.Anciei tanto por isso durante todos esses dias.— Eles iriam te drogar, Chiara — Eros acaricia os meus cabelos. — Eu vi daqui de cima quando aqueles dois idiotas colocaram um pó no copo com o drink cor-de-rosa que iriam te entregar.— Apolo já tinha me oferecido bebida, e eu não aceitei. Não só não aceito bebidas de ninguém, como fico observando atentamente enquanto os meus drinks estão sendo feitos. Eu não estou imune, sabemos que não existe limites para as maldades das pessoas, mas eu nunca facilito.— Fico feliz! — Vamos para casa? — sugiro.— Acho uma ótima ideia. — Eros sorri. Nós levantamos e andamos de mãos dadas até o carro. Eros para algumas vezes no caminho para me beijar.— Assim não
EROSCorro por aproximadamente uma hora. Tenho me exercitado bastante nos últimos dias. Há um tempo atrás, eu enfiava a cara em garrafas de whisky ou Ouzo para esquecer as merdas que me aconteciam. Mas, eu quero mudar, amadurecer e parar de agir impulsivamente, por isso, agora eu me exercito, liberando endorfina e serotonina, e dessa forma, consigo baixar o nível de estresse, sem acordar de ressaca no dia seguinte.Tomo um banho, com ela que está em todos os lugares o tempo inteiro na minha cabeça. Chego a sentir o cheiro da Chiara e lembro da textura dos seus lábios enquanto as lembranças me torturam.Não tem sido fácil me manter longe. Na noite passada, fiquei na frente da casa por algumas horas. Uma vontade quase insana me consumindo por dentro, implorando para eu entrar na propriedade e ir até o quarto dela. Mas eu não fiz, voltei para o hotel e fui para a academia me exercitar.Termino o banho, enrolo a toalha sobre o meu corpo e vou até o quarto. Escuto o celular tocando e vejo
CHIARADesde aquele dia na maternidade, Eros e eu não conversamos mais. Ele simplesmente fez uma mala e foi para o hotel da sua família.Não me procurou em nenhum momento, apenas desistiu e tem se escondido de mim nos corredores da universidade.É sábado, e eu passo o dia inteiro na casa da Elena, mimando a nossa princesinha Bianca.— Como você está? — Elena pergunta, amamentando a minha sobrinha.— Estou bem — forço um sorriso e minto descaradamente. Eu não posso dizer a minha irmã, que se eu estivesse em casa nesse momento, estaria com os olhos inchados e pesados de tanto chorar.— Se eu não te conhecesse com a palma da minha mão, até acreditaria em você — ela fala, enquanto pego a minha sobrinha dos seus braços para colocar para arrotar. — Tenho que ficar bem, Lena — o nó está na garganta novamente, mas me nego a chorar. — Ele desistiu, simplesmente desistiu. O que mais eu posso fazer?— Será que desistiu mesmo? Eros ama você, peixinha. Já viu a forma que ele te olha? — Aí é que
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