CHIARA
Escutamos batidas na porta.
— Posso entrar? — Olívia coloca a cabeça para dentro do quarto.
— Claro, amiga — respondo, e ela vem em minha direção para um abraço.
— Atlas me falou o que aconteceu.
— Ah, foi? — sorrio.
— Vou pegar um café. Aceita, Olívia? — Eros pergunta.
— Não, obrigada, Eros! — ela responde.
— Amor, não vou te oferecer porque não sei se pode tomar.
Ele me dá um selinho e deixa o quarto.
— Amor, é? — Olívia pergunta, com um evidente sarcasmo.
Sorrio, sem graça.
— Como você está? — ela pergunta.
— Estou bem. Ainda sinto o inchaço, mas nada que comprometa a minha respiração.
— Foi a tal Elisa, né?
— Sim. Presumo que também foi Atlas que te contou.
— Presumiu certo — ela sorri.
— Como vocês estão?
— Nós queremos o mesmo: amizade com privilégios.
— Muito modernos — brinco. — E Ugo?
— Chegou ontem à noite na Suíça. Assumiu hoje a empresa de lá. Há alguns minutos, me ligou se desculpando por todo mal que me causou e desejando que eu seja feliz.
— Você acha que fo