Guilherme
O apartamento estava do mesmo jeito que deixei.
Mas parecia... outro lugar.
Vazio demais.
Soltei a mala no canto, larguei as chaves em cima da bancada e fiquei parado na sala por alguns segundos, como se meu corpo tivesse chegado antes da alma.
Era estranho.
Eu tinha passado mais tempo aqui do que em qualquer outro lugar nos últimos tempos. E mesmo assim… só agora eu percebia como tudo era silencioso demais sem ela.
Respirei fundo. Passei a mão no cabelo. Senti um nó no peito.
Fui até o quarto e joguei o corpo na cama, sem me importar com a roupa.
Fechei os olhos e ela veio inteira.
O cheiro da pele, o som do riso, os olhos brilhando quando leu o presente, o jeito que dizia meu nome quando eu estava dentro dela
Sorri. Aquele sorriso idiota que escapava mesmo quando o peito apertava.
Meu celular vibrou. Peguei rápido, como se soubesse que era ela.
E era.
> “Gui, amei o presente. Perfeito.
Amei todos esses dias que passamos juntos.
Preciso voltar para a aula, mas está sendo di