Estela
Quando saí do banho, com os cabelos ainda úmidos e presos de qualquer jeito, fui surpreendida. E não foi pouco.
Ali, sobre a cama, estava o vestido mais lindo que eu já vi na vida.
Rubi. Longo. Com uma fenda que deixava minha perna quase inteira à mostra. O tecido parecia ter sido feito pra me vestir. Ao lado dele, um par de brincos delicados, um colar com pingente em formato de coração… e um bilhete, escrito com aquela letra que já fazia meu coração acelerar.
> “Minha bonequinha, aceita jantar com seu namorado essa noite?
Te espero às oito.
Com amor, Gui.”
Levei a mão aos lábios, sem conseguir conter o sorriso bobo. Meu peito apertou de carinho. Ele não existia.
Quer dizer… ele existia.
E era meu.
Me arrumei com calma, como quem se preparava pra um momento que ia virar memória eterna. Vesti aquele rubi com cuidado. Prendi o cabelo num coque baixo, deixei os brincos balançarem devagar, e passei um perfume leve, só pra me sentir ainda mais dele.
Quando desci pro saguão e o vi me