Na manhã seguinte, acordei com o coração em festa. Só tinha passado um dia longe dos meus filhos, mas a saudade parecia ter se multiplicado.
Assim que chegamos, Henrique foi o primeiro a me ver. Com seus onze anos, já parecia um rapazinho, mas ainda correu em minha direção como uma criança.
— Mamãe!
O apertei contra mim, sentindo seu cheiro, seu calor, suas lágrimas discretas. — Eu tava contando as horas pra você voltar ele murmurou, com a voz embargada.
— Eu também, meu amor. Cada segundo longe de vocês dói… respondi, passando a mão em seus cabelos.
Olhei para o lado e vi minha mãe, sentada com Lorenzo no colo. O bebê se mexia devagar, aconchegado nos braços dela, tão pequenino e sereno. A cena me arrancou lágrimas.
— Ele só sossegou depois que dormiu no meu colo — disse minha mãe, com um sorriso terno, entregando-me o bebê.
Segurei Lorenzo com delicadeza, encostando-o ao meu peito. — Vem cá, meu anjinho… mamãe tava morrendo de saudade desse cheirinho…
Ele abriu os olhinhos por um