Capítulo 39

(Pedro)

“...precisam de uma... aquisição hostil.”

Naquele momento, o som da fogueira estalando, as risadas distantes, tudo desapareceu. A única coisa que existia era a voz dele e o sorriso debochado em seu rosto. Eu entendi perfeitamente o que ele queria dizer. A metáfora de negócios, a audácia. Ele não estava apenas flertando, ele estava declarando guerra. Meu semblante, que eu tentava manter neutro, escureceu instantaneamente. Senti o sangue subir para o meu rosto, o calor da raiva se espalhando por meu corpo. Eu só queria quebrar a cara daquele imbecil. Como ele teve a coragem de falar isso na minha frente? Na frente do meu pai? Era demais.

Minha raiva deve ter se tornado uma aura palpável, porque o clima ao redor da fogueira ficou pesado, o silêncio se instalando. Fellipe, com seu pensamento rápido de advogado, percebeu o desastre iminente.

— Tio, Devid, falando em projetos, lembrei de algo que preciso mostrar a vocês nos planos da nova ala do hotel... — ele começou, j
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