(Oscar)
O som do meu maxilar estalando foi abafado pela voz de Pedro, declarando posse sobre Isabella como se ela fosse um território conquistado. Fiquei no chão, o gosto metálico de sangue misturando-se com o do uísque caro, a minha cabeça latejando. A dor física, no entanto, não era nada comparada à humilhação. Eu o provoquei, testei seus limites, e ele reagiu como o animal territorial que era. E o pior de tudo? Eu nem tinha certeza se tudo que ele falou era verdade. Eu ri. Uma risada rouca e dolorida que era pura incredulidade.
— Oscar, levanta. Vamos embora. — Disse Rafael.
Ele estava ao meu lado, a mão em meu ombro, a expressão preocupada. Eu nem o tinha visto se aproximar. Aceitei a ajuda, meu corpo protestando enquanto eu me colocava de pé. Minha camisa, antes impecável, estava amassada e suja de terra. Ignorei os olhares curiosos dos poucos que ainda estavam por ali, com o queixo erguido por puro orgulho. Segui meu irmão em direção à saída sem dizer uma única palavra,