Capítulo 62

O relógio da sala de espera marcava 03h12.

O tempo parecia zombar deles. O ponteiro avançava com lentidão cruel, e cada segundo era uma tortura. O tique-taque ecoava como um martelo na cabeça de Olívia. E a cada instante, parecia que o coração dela parava e voltava a bater com violência.

O silêncio daquele lugar não era paz: era uma prisão. O cheiro de éter, misturado a frieza do ar-condicionado, criava uma atmosfera sufocante.

Olivia estava sentada na ponta de uma cadeira desconfortável e fria, o corpo encolhido, os braços abraçando as próprias pernas como se pudesse se proteger do vazio que a engolia. A pele fria, os dedos entrelaçados com força, as unhas marcando a pele. Não lembrava a última vez que tinha respirado fundo sem sentir o peito doer. Os olhos ardiam, mas ela se recusava a fechar, como se, ao piscar, pudesse perder alguma noticia de Leo.

À sua esquerda, estava Ian. Imóvel. O corpo ereto, o semblante inexpressivo, mas o silêncio dele dizia mais que qualquer palavra. Era
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