O ambiente ainda estava mergulhado no burburinho elegante do restaurante quando o garfo de Ian parou no ar, como se o tempo tivesse congelado.
Não foi um movimento brusco, mas havia uma tensão real como se uma tempestade estivesse prestes a eclodir. O sorriso que ele exibia, aquele sorriso calculado para o público, se desfez num instante, substituído por uma atenção absoluta a algo que estava atrás de Olívia.
Os olhos dele, antes preguiçosos e atentos só nela, se fixando bem adiante. Olivia como se o ar tivesse mudado de temperatura.
Ela notou a mudança e começou a virar o rosto, instintivamente, mas sentiu a pressão quente, firme, quase imperceptível, nos dedos.
Ele segurou seu pulso, escondendo o gesto sob a toalha de linho. Os dedos dele apertaram, não o suficiente para machucar, mas com intensidade suficiente para impedir qualquer movimento.
— Não olhe agora. — A voz dele saiu baixa, arrastada, quase roçando na pele dela, como um aviso sussurrado em meio ao caos.
Um arrepio involu