O restaurante parecia suspenso no tempo.
O lugar inteiro parecia ter parado de respirar. O garçom que servia vinho congelou no meio do gesto, copos parados a meio caminho da boca, talheres imóveis sobre pratos caros. As conversas se dissipando em murmúrios, como se alguém tivesse retirado o ar do lugar.
E em questão de segundos, havia celulares apontados para a cena: flashes, gravações, olhos vidrados.
Olívia sentiu o mundo inclinar quando percebeu Ian de joelhos diante dela. Não sentiu o chão. Não sentia o próprio corpo. Apenas o peso esmagador da mão de Ian segurando a dela com força demais.
Uma força que dizia, em silêncio, não ouse estragar isso.
O coração de Olivia não batia em compasso, era um tambor descontrolado, ecoando no peito e nos ouvidos.
Ela piscou, confusa, enquanto ele permanecia ajoelhado diante dela, os olhos fixos, intensos, uma chama controlada queimando neles. E então ouviu a voz dele.
Baixa, grave, envolvente.
Uma voz que qualquer mulher ali juraria ser feita p