O som da festa — a música, as risadas, o brilho feliz — desintegrou-se em um instante, sugado por um vácuo de horror silencioso. O ar, antes quente e doce com o cheiro de jasmim noturno, ficou gélido e pesado.
Matheus não se moveu. Não respirou. O nome "Luna" ficou pairando entre eles, um fantasma materializado que arrancou toda a cor do seu rosto, toda a luz dos seus olhos. Por uma fração de segundo eterna, ele foi apenas um vulto, um homem cujos alicerces internos haviam desmoronado de um só golpe.
Então, o instinto — não o de segurança, mas o de pai — explodiu.
Ele fechou a distância entre ele e Valentina em um passo. Suas mãos, tão capazes de violência extrema, subiram e se fecharam em torno dos ombros dela, não para machucar, mas para ancorar, para sacudir a verdade dali. O toque era firme, quase brutal em sua urgência, mas não era raiva dirigida a ela. Era terror transformado em ação.
— Quando? — a palavra saiu como um estalo, seca e cortante. — Onde? Como, Valentina?COMO?
Seus