Capítulo 299

O som da festa — a música, as risadas, o brilho feliz — desintegrou-se em um instante, sugado por um vácuo de horror silencioso. O ar, antes quente e doce com o cheiro de jasmim noturno, ficou gélido e pesado.

Matheus não se moveu. Não respirou. O nome "Luna" ficou pairando entre eles, um fantasma materializado que arrancou toda a cor do seu rosto, toda a luz dos seus olhos. Por uma fração de segundo eterna, ele foi apenas um vulto, um homem cujos alicerces internos haviam desmoronado de um só golpe.

Então, o instinto — não o de segurança, mas o de pai — explodiu.

Ele fechou a distância entre ele e Valentina em um passo. Suas mãos, tão capazes de violência extrema, subiram e se fecharam em torno dos ombros dela, não para machucar, mas para ancorar, para sacudir a verdade dali. O toque era firme, quase brutal em sua urgência, mas não era raiva dirigida a ela. Era terror transformado em ação.

— Quando? — a palavra saiu como um estalo, seca e cortante. — Onde? Como, Valentina?COMO?

Seus
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