Capítulo 257

De onde estava, na entrada do mausoléu dos Moretti, Ian conseguia ver Olívia como uma pincelada de preto e pálido contra o marrom fresco da terra. Ela estava sentada no banco, a postura curvada, falando com o túmulo. A distância roubava as palavras, mas não a intensidade do momento. Ele podia sentir sua dor, sua despedida, como se fosse uma corrente elétrica no ar úmido do cemitério.

Seus próprios pensamentos eram um campo de batalha. A raiva por Benjamin ainda queimava, baixa e constante – raiva pelas mentiras, pela fraqueza, pelo fato de que ele, mesmo morto, ainda capturava a bondade dela, ainda ocupava espaço no coração de Olívia. A dor pela perda da mãe, agora inextricavelmete ligada a esse novo cadáver. A preocupação aguda, quase paralisante, de que a qualquer segundo um atirador poderia surgir das sombras das lápides. E, para sua própria vergonha, um ciúme primitivo e irracional – ciúme do morto, da história que ela compartilhava com ele, da privacidade emocional daquele moment
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