Benjamin avançou como um touro cego, cada passo seu ecoando no mármore como um tambor fúnebre. O ar ao seu redor parecia vibrar com a fúria pura que emanava de seu corpo tensionado. Olívia não recuou: permaneceu firme como uma rocha entre ele e Clara, seus pés enraizados no chão, seus olhos brilhando com uma coragem nascida do desespero.
— Afaste-se dela — a voz de Ian cortou o ar como uma lâmina, surgindo ao lado de Olívia como uma extensão de sua própria determinação. — Agora, Benjamin.
Benjamin congelou por uma fração de segundo, seus olhos incendiados fixos no tio. Na profundidade de sua fúria, havia mais do que raiva; havia a ferida aberta de uma humilhação que ia além da traição, uma vergonha pública que atingia o cerne de seu orgulho.
— Você tem a audácia de me dar ordens? — Benjamin cuspiu as palavras, mas seu olhar desafiador incluía ambos, Olívia e Ian, numa acusação silenciosa. — Depois de tudo que essa família me fez passar? Me deixando de fora por anos?
Ian não respondeu