Saulo Prado:
Eu temia causar qualquer dano, mas no fundo... eu sabia que podia ser o pior tipo de apoio. Aquele que abandona quando o outro finalmente sente segurança. Talvez eu fosse exatamente isso para a Angelina: a ilusão de estabilidade que ela ainda pensava ter.
Vi quando ela recebeu as mulheres na recepção. Eu permaneci na sala, mas acompanhei tudo em silêncio, apenas ouvindo. Ela anotou, perguntou, respondeu às dúvidas das seis mulheres que queriam saber por que eu não estava presente. E, quando terminou, finalmente nos sentamos juntos para avaliar o caso. Eu já havia confirmado que assumiria, mas agora, tinha passado para Angelina.
Que logo se ocupou, eficiente como sempre. Ligou para possíveis testemunhas, agendou horários, enquanto eu organizava os documentos. Rafael, por outro lado, estava mais envolvido com o caso da próxima semana.
O horário do almoço se aproximava. Geralmente, nesse momento o elevador ficava mais tranquilo... mas naquela manhã, ele soou de forma difer