Pervertido.
Angelina Da Costa
Passei todo o caminho até o escritório com o coração acelerado. Eu olhava para Saulo, dirigindo ao meu lado, e não era apenas desconfiança... era medo.
Medo do que eu tinha visto naquela manhã.
Minha filha... ela já é uma mulher feita. Corpo definido, inocência ainda nos olhos, mas vestida com aquele baby-doll minúsculo, que deixava à mostra a curva do bumbum que um dia eu beijei, e os seios marcando sob a camisa de corações.
Ela nem notou. Mas eu notei.
E Saulo também ao ponto de se queimar com o café, capaz de sequer ter escutado.
Ele ficou desconcertado. Tentava disfarçar, mas o incômodo era visível, e não era só pela situação... era pelo desejo que ele não conseguiu esconder quando se sentou no carro.
O pior? Eu vi. E reconheci. Ele estava excitado, o volume em sua calça mais que denunciava, não era algo gritante, mas havia um volume.
Ele é novo demais, perfeito demais. E eu? Eu sou a mulher que engole a rotina, que aceita a migalha de um salário injusto, que v