Saulo Prado
Fiquei paralisado.
O sangue no meu pau ainda pingava no chão da cozinha quando Angelina saiu correndo. Eu só consegui reagir quando ouvi a porta do banheiro bater.
Merda. Merda. Merda.
Entrei no quarto receoso, curioso, nunca haviamos falado sobre isto, na verdade nunca pensei. O nosso sexo sempre intenso, mais dias sim, do que dias não, até a considerava faminta demais, para o que já ouvi sobre mulheres, mas como eu ia saber, nunca tive um relacionamento antes?
Apenas ouvi o som do chuveiro.
- Tá tudo bem? - bati na porta, a voz saindo mais grossa do que eu queria.
Nada. Só o som da água caindo.
- Quer absorvente? Trouxe um...
Silêncio.
Empurrei a porta antes que meu cérebro processasse que era má ideia. Angelina estava ali, nua, deixando a água cair no seu corpo, as mãos pressionadas contra a barriga como se tentasse segurar algo. Os olhos dela, Deus, aqueles olhos, me encararam com algo entre surpresa e... decepção?
- Amor? Tô falando com você.
Ela fechou o chuveiro c