Mundo ficciónIniciar sesiónDepois de ser demitida injustamente, Luna Reis aceita trabalhar como hostess em um evento de gala. Ela só não esperava entrar em conflito com o homem mais poderoso, e mais arrogante, da noite. Damian Vilar, bilionário reservado e dono de uma reputação fria, não está acostumado a ser desafiado. Muito menos por uma mulher que mal conhece… mas que ele não consegue tirar da cabeça. Dias depois, ele aparece com uma proposta inesperada: “Finja ser minha noiva por 30 dias. Eu resolvo todos os seus problemas.” Era só um acordo. Sem envolvimento. Sem toques desnecessários. Sem sentimentos. Mas nenhuma das regras deles sobreviveria ao primeiro olhar prolongado… Ou à primeira noite em que foram obrigados a dividir o mesmo apartamento. O que começou como contrato está prestes a virar perigo. Principalmente para o coração de Luna.
Leer másLuna Reis tinha certeza de duas coisas naquela sexta-feira:
primeiro, que a vida não pegava leve com ninguém; segundo, que salto nove não foi feito para humanos. O brilho exagerado do salão de gala refletia no chão de mármore enquanto ela ajeitava o crachá provisório preso ao vestido preto simples. O vento gelado do ar-condicionado não combinava em nada com o calor que queimava por dentro — a mistura de raiva, humilhação e a sensação amarga de ter sido descartada da empresa onde dedicara anos. “É só um bico, Luna”, ela murmurou para si mesma. “Um bico bem pago. Sorri e entrega as listas. Fácil.” Mas nada naquela noite seria fácil. A porta principal se abriu com elegância ensaiada, e os convidados começaram a chegar: vestidos cintilantes, perfumes caros… e olhares que atravessavam ela como se fosse parte da decoração. Até que o ambiente pareceu mudar. Como se o ar soubesse que alguém importante estava entrando. Luna levantou os olhos — e o viu. Damian Vilar. A fama dele chegava antes do próprio corpo. Bilionário. Herdeiro. A mente por trás de fusões que assustavam rivais. Um homem que, na internet, era chamado de “o rei de gelo”. E, vendo pessoalmente, Luna entendeu: havia algo nele que mantinha todo mundo a certa distância. Talvez fosse o terno perfeitamente alinhado. Ou o olhar calculado. Ou o jeito como ele parecia ocupar o espaço inteiro. Damian caminhou até a mesa de recepção. Ela respirou fundo. Só entregar a lista. Nada demais. — Nome, por favor? — Luna perguntou, mantendo a postura profissional. Ele ergueu uma sobrancelha, claramente surpreso por alguém… não reconhecê-lo. — Acredito que não precisa, ele respondeu com uma voz calma, profunda… e perigosamente confiante. — Na verdade, precisa sim — Luna rebateu, sem pensar. — A instrução é identificar todos os convidados, sem exceção. Um leve murmúrio surgiu atrás dele. Damian inclinou o rosto, observando-a como se fosse um enigma interessante. — Damian Vilar. Isso é suficiente? Ela checou a lista, com a expressão mais neutra que conseguiu manter. — Ah, está aqui. Pode entrar. Ele não se moveu. — Qual é o seu nome? Luna congelou por um segundo. Por que o homem mais poderoso da noite queria saber aquilo? — Luna. Luna Reis. Damian pareceu arquivar a informação com precisão cirúrgica. — Luna, ele repetiu devagar. — Da próxima vez, não precisa tentar me ensinar o protocolo do meu próprio evento. Ela sorriu — aquele sorriso que só aparece quando a pessoa te tira do sério. — Então da próxima vez, chegue com o crachá, senhor Vilar. Os olhos dele brilharam com algo entre irritação e diversão. E então ele entrou. Mas não antes de lançar um último olhar — intenso o bastante para fazê-la esquecer por um segundo onde estava. O resto da noite passou arrastado. Luna cumpriu cada tarefa, mas a cabeça insistia em voltar para aquele encontro. Para o olhar dele. Para a sensação de ter provocado um homem que ninguém ousava contrariar. Quando finalmente tirou os sapatos nos bastidores, sentiu o corpo inteiro relaxar. Estava pronta para ir embora. Até ouvir: — Luna Reis? Ela virou, surpresa ao ver um dos assistentes de Damian parado ali. — O senhor Vilar gostaria de falar com você amanhã. No escritório dele. Onze horas. — O… quê? Por quê? — Ele não comentou. Mas afirmou que é importante. O assistente entregou um cartão metálico com o logo da Vilar Corporation. Luna engoliu seco. O que um homem como Damian Vilar poderia querer com ela? Se ela soubesse… não teria dormido nem um minuto aquela noite. Principalmente ao descobrir, no dia seguinte, que Damian não estava ali para reclamar. Estava ali para fazer uma proposta capaz de virá-la de cabeça para baixo: — Finja ser minha noiva por 30 dias. Eu resolvo todos os seus problemas. E Luna… não fazia ideia do que estaria começando.A pista de dança era quente, tomada por corpos se movendo ao ritmo lento e pesado da música. Assim que Luna parou diante dele, percebeu que Damian estava tenso, e ela deduziu que, claramente ele não era tão imune quanto fingia ser. — Eu não sei nem por onde começar, eu não danço — ele disse relutante. — Está tudo bem, você só precisa colocar uma mão na minha cintura e eu vou te guiando. — Ela não conseguia conter a expectativa dessa experiência. Ele colocou uma mão firme na cintura dela. Firme e baixa demais. Luna prendeu a respiração. — Assim? — ele perguntou, voz grave — ou quer mais espaço? — Não quero espaço nenhum — ela respondeu sem pensar. A reação dele foi instantânea. O maxilar contraiu, o olhar escureceu. Eles começaram a se mover devagar — o corpo de Luna encontrando o dele. A música tinha batidas profundas que guiavam cada aproximação. E a cada segundo que passava, a respiração de Damian ficava mais pesada. Luna não conseguia pensar em nada além da proximid
O dia passou tranquilo e sem muitas obrigações, beirando o tédio. Ao cair da noite, Damian apareceu à porta do quarto de Luna usando uma camiseta preta, jaqueta de couro e calça escura. Quase casual demais, mas nele, nada parecia casual. Tudo nele tinha presença. Contenção. Força. — Se vista e vamos dar uma volta. — disse apenas. — Saímos em vinte minutos. — Mas para onde vamos? — Luna perguntou, franzindo o cenho. — Você vai ver. Com essas migalhas de informações, Luna revirou o guarda roupa, frustrada por parecer não ter nada que chegasse à altura de Damian.Por fim, acabou optando por um vestido tubinho preto que valoriza suas curvas e um salto. Fez uma maquiagem básica e, mesmo insegura, resolveu ir ao encontro de Damian.Damian estava sentado na sala, mexendo no celular enquanto a aguardava. Ao sentir sua presença, ele se virou e paralisou ao encontrar Luna, olhando-a intensamente, observando cada centímetro do seu corpo com devoção.Ele engoliu em seco e pensou no quanto
O sábado amanheceu silencioso no apartamento — não o silêncio tenso da semana, mas um tipo raro de calma. Damian estava na bancada da cozinha, sem terno, sem gravata… apenas uma camiseta preta simples que deixava seus ombros absurdamente marcados.Luna apareceu no ambiente ainda meio sonolenta, e por dois segundos eles se olharam como se não soubessem exatamente qual “versão” do outro deveriam usar.— Bom dia — ela disse.— Bom dia — ele respondeu, sem frieza dessa vez.Era estranho. Isso a irritava pois era inconstante. Mas ao mesmo tempo, a leveza parecia… perigosa.Damian fechou o tablet e cruzou os braços.— Você não tem nenhum compromisso hoje, certo?— Não — Luna respondeu, pegando uma caneca. — Estava pensando em talvez sair… — Pausou. — Ou ficar.Ele observou cada movimento dela.— Se for sair, só… tenha cautela — ele disse com aquela voz baixa e séria que sempre arrepiava um centímetro da espinha dela. — Muitas pessoas estão de olho em nós. Um deslize e alguém pode levantar s
Chegaram ao apartamento tarde da noite.O jantar correu bem, como o previsto. No entanto, era nítido o quanto olhares de outros homens na direção de Luna deixavam o Damian incomodado.E isso o fazia ficar cada vez mais calado, principalmente com ela.Damian destrancou a porta e entrou primeiro, sem uma palavra. O terno ainda impecável, mas a aura dele… desmoronada. Quieta demais.Luna entrou logo atrás.O silêncio que já era desconfortável virou uma segunda pele.Ela passou pela sala, rumo ao corredor. Talvez fosse melhor deixar a noite morrer ali, sem prolongar o desastre emocional.— Boa noite Luna, obrigado por me acompanhar essa noite — a voz dele saiu baixa, firme, mas… cansada.Luna parou, mas não virou.— Não precisa agradecer — ela disse. — Só estou cumprindo minha parte do nosso acordo.Damian respirou fundo, aquele tipo de respiração que denuncia que ele não quer discutir, mas também não quer encerrar.— As coisas não precisam ser assim.Ela virou, finalmente.— Sério? Depoi
Luna acordou com uma sensação incômoda no peito — o tipo de peso que só existe quando alguma coisa fica mal resolvida. Mas não era exatamente culpa. Nem arrependimento.Era… irritação. Uma irritação fina, persistente, que lembrava a briga da noite anterior cada vez que ela piscava.Quando abriu a porta do quarto, percebeu imediatamente que o clima tinha mudado.Damian estava na sala, camisa social, blazer jogado no sofá, a postura impecável.Mas o rosto… duro.Fechado.Impenetrável.Ele não a olhou.Nem por um segundo.Luna franziu o cenho, surpresa — mas não chocada.Ele era assim.Precisava provar a si mesmo que ainda tinha controle.— Bom dia — ela arriscou.Damian continuou olhando para o tablet.— Bom dia.Seco. Frio.Como se ela fosse uma desconhecida atravessando seu caminho, e não a mulher com quem ele discutira na noite anterior.Luna apertou os lábios.Aquilo… doía um pouco.Mas também irritava profundamente.Ela pegou água na cozinha, consciente demais dos passos cuidadosos
O clima no carro já era pesado.Mas quando chegaram ao apartamento, o silêncio ficou ainda pior.Damian destrancou a porta e entrou primeiro. Não a esperou. Não olhou para trás.Luna fechou a porta com mais força do que queria, mas não se desculpou. Nem deveria.Ela passou por ele em direção à sala, tentando ignorar o incômodo no peito — aquele incômodo que não deveria existir.Mas Damian a seguiu.De perto.— Luna — ele começou, a voz firme, mas baixa.Ela não parou.— Luna, olha pra mim.Ela virou devagar, encarando-o sem piscar.— O que você quer? — Luna perguntou, a voz gelada.— Eu preciso explicar.— Explicar o quê? — Ela cruzou os braços. — Que eu devo ser controlada? Que eu tenho que agir do jeito que você acha certo? Que eu deveria ser sua boneca de porcelana?Ele fechou os olhos um segundo, como se estivesse ficando sem paciência com ele mesmo.— Eu escolhi a palavra errada. Foi isso. E já pedi desculpa.— Você não pediu — ela rebateu. — Você justificou. Bem diferente.Os ol
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