Narrado por Apolo
Eu não confio em ninguém.
Nunca confiei.
E a essa altura, depois do que Alonso mostrou ser capaz, confiar seria o mesmo que colocar uma arma carregada no colo da Violeta e pedir pra ela dormir tranquila.
A mãe dela precisava sair daquele hospital imediatamente.
Mesmo com segurança, mesmo com câmeras, mesmo com a equipe sendo paga por mim... ainda era um hospital civil. Acesso demais. Olhos demais. E a essa altura, Alonso já devia ter espalhado os tentáculos por toda Madri.
Peguei o celular.
Apolo: – Enzo, está tudo pronto?
Enzo (no viva-voz): – Ambulância está a caminho. Equipe médica treinada, todos nossos. Vão agir como se fosse transferência normal. O helicóptero já está abastecido. Local de pouso autorizado. Sem ruído, sem polícia, sem registro.
Apolo: – Quero ela no Hospital Montenero até a próxima hora. E coloca segurança no triplo. A mãe dela vai ser tratada como se fosse a minha própria.
Enzo: – Entendido. E a Violeta?
Olhei pela janela. O carro dela estava c