Narrado por Alonso
A notícia chegou como um tapa na cara.
Cristóbal entrou no meu escritório com o celular na mão, os olhos arregalados.
Cristóbal: – Senhor… ela foi transferida. A mãe da garota.
Larguei o charuto aceso no carpete sem nem me importar com o cheiro de queimado que começou a se espalhar. Levantei da cadeira devagar, como se o sangue precisasse de tempo pra entender o que ia acontecer.
Alonso: – Repete.
Cristóbal: – Apolo retirou a mãe da Violeta do hospital. Helicóptero privado. Equipe de segurança e médicos da família Marino. Já está num dos hospitais deles.
A sala ficou em silêncio por uns dez segundos. Só o som do relógio batendo e da raiva fervendo no meu peito.
Então eu gritei. Com tudo.
Peguei o abajur e joguei na parede. Os cacos voaram como chuva de vidro.
Alonso: – FILHO DA PUTA!
Fui até a estante e puxei todos os livros, as garrafas de uísque, os troféus da minha mãe. Tudo no chão. Tudo quebrado.
Alonso: – ELE PENSA QUE PODE PROTEGER ELA DE MIM? ELE PENSA QUE V