Narrado por Apolo
O telefone mal caiu da minha mão e eu já tava no portão.
— Enzo! — gritei. — Carro agora! Leva três comigo. O resto espalha pelo bairro. Quero os olhos de vocês em cada canto da cidade!
Enzo: — Aconteceu alguma coisa?
— Tão seguindo a Violeta.
O olhar dele escureceu na hora.
Enzo sabia. Todos sabiam. Alonso não ia parar.
Entramos no carro blindado e saímos queimando pneu. Um segundo carro nos seguia com mais dois seguranças armados até os dentes.
A ficha caiu de vez: ela tava no meio da linha de fogo.
Por minha causa.
E eu ia arrastar o inferno inteiro pra debaixo dos meus pés antes de deixar alguém tocar nela.
— Enzo: — A gente tem localização dela?
— Tô rastreando o sinal. Última localização: Calle del Norte.
Ela tá num beco, entre duas lojas fechadas. Sozinha. Escondida.
O silêncio dentro do carro era como pólvora.
Um passo em falso, e tudo ia explodir.
Quando dobramos a rua, vi ela.
Encolhida atrás de uma pilha de caixas, os olhos arregalados, o corpo tremendo.
E