Narrado por Apolo
O mundo estava em guerra.
Mas por ela, eu precisava de paz.
Nem que fosse por uma única noite.
Organizei tudo em segredo. Mandei fechar a mansão de campo. Retirei todos os seguranças do jardim externo e deixei apenas dois discretamente à distância. Enzo me ajudou com os detalhes, embora tenha feito piada do meu nervosismo o tempo todo.
Enzo: — Tá tremendo mais que na primeira vez que você matou um homem.
Ignorei.
Na verdade… ele não estava errado.
Passei o dia inteiro ensaiando palavras que pareciam idiotas sempre que eu as repetia em voz alta. Eu não sabia fazer juras de amor. Não era poeta. Era Apolo Marino. Treinado pra matar, não pra me ajoelhar.
Mas por ela…
Por Violetta…
Eu ajoelharia no inferno, se fosse preciso.
Ela achava que estávamos indo pra uma noite a dois, algo para "fugir da tensão", como eu mesmo disse. Vestido simples, cabelo solto, perfume leve. Ela entrou no carro com aquele sorriso que já era metade da minha redenção.
Violetta: — Tá estranho hoje