Narrado por Ares
O relógio da parede marcava 7h06 da manhã.
Eu estava na sala de armas da mansão, limpando meu revólver favorito. O cheiro de óleo, pólvora e couro sempre me acalmou. Mas naquele dia... nada conseguia.
Porque a notícia chegou como uma porrada seca no estômago.
Zeus entrou, atirou o jornal sobre a mesa e cruzou os braços, me olhando como se esperasse uma explosão.
E ele não precisou esperar muito.
Na capa do tabloide estava a manchete maldita:
“Apolo Marino e a ex-acompanhante Violetta: o pedido que abalou a aristocracia espanhola”
Eu li aquilo com os olhos semicerrados. A foto mostrava Violetta com um anel no dedo e Apolo ajoelhado em frente a ela, sob um arco de flores. Não havia como negar.
Ele realmente fez isso.
Ares: – Ele perdeu o juízo...
Zeus: – Ele tá apaixonado. E você sabe o que o amor faz com a cabeça de um homem.
Joguei o pano com força na bancada.
Ares: – Amor é uma coisa. Desonra é outra.
Saí da sala como um furacão. Desci as escadas e atravessei o corre