Mundo ficciónIniciar sesiónNas mãos do CEO:
Capítulo 4 Xavier Lancaster "Essas são as minhas armas, ou casa, ou teria que agir, tem um mês para me dar o seu veredito." Um mês para me prender a alguém que não amo e que nunca vou amar... Passou a mão nos cabelos extremamente irritados, odiava perder o controle das coisas, e era isso que Elvira exigia de mim, perder o controle da minha própria vida. Se fosse só por mim, teria mandado ela se ferrar, e viveria minha vida como tinha levado nesses trinta e oito anos. No entanto, eu tinha Olívia, minha menina, meu tesouro e isso sim, mexe do verdade comigo. Olho novamente para a mensagem. Ela ainda me mandou mensagem, a mulher queria me obrigar a casar por causa do que os outros estavam falando da minha família e da sua. Isso no mínimo era um absurdo. Eu era um pai presente, fazia de tudo pela minha filha e ainda sai mal falado no final. As pessoas viam com maus olhos não ter uma família completa para minha filha, e isso me tira do sério. Não bastava ser um pai, tentar ser a minha melhor versão para a minha filha, ainda assim tinha que dar uma mãe, uma mulher para que os outros não a excluíssem. Não a olhassem torto e ficassem falando da minha filha. O que falar de mim, não ligo, mas me afeta tratarem a minha filha mal por causa desse preconceito estupido. Teria que arrumar uma mãe para Olívia, que droga! O caminho é feito em silêncio, a ameaça estava lá, ardendo como se eu tivesse levado uma facada no peito. A possibilidade de perder a minha filha não estava em discussão, eu iria fazer de tudo por ela, eu iria me casar somente para manter a minha filha comigo em todos os momentos. Estaciono meu carro na garagem, tento pensar no quanto o que foi dito naquele jantar parecia loucura. Assim que entrei em casa a babá estava passando com leite quente para Olívia, Violeta era uma senhora que fazia tudo da forma que eu gostava. - Deixa que eu levo... - Ela me entrega a bandeja. - Está liberada, vou cuidar da Olivia essa noite. A senhora de cinquenta anos concorda. - Estarei no quarto ao lado. - Diz se retirando. Vou para o quarto da minha filha que parecia um quarto no reino encantado. Tudo foi pensado na minha princesinha. - Pai! - Ela grita ao me ver e se j**a em meus braços. - Estava com saudades do papai? - Ela se agarra em mim como se não me visse a décadas. - Muita papai, muita... Tudo era por ela, tudo que eu reiniciava todos os dias era por ela. - Vamos tomar o leite, e vou contar sua história de dormir. - Olívia me olha animada. Fiquei ali com ela, eu tinha uma paciência natural com a minha filha, não era nada forjado quando estava com as outras pessoas. - Olivia pediu para ver a senhorita Marçal. - Olho para ela, o seguranças falaram para o papai que você foi até a tia Dani. Olívia se encolheu na cama, ela era uma criança muito tímida, sempre fez acompanhamento com psicólogos por que demorou a falar, se comunicar e sempre fica acuada na frente das pessoas. Sabia que Olívia era muito tímida, realmente ela melhorou muito quando conheceu Daniela Marçal. Não sei porque esse nome veio na minha cabeça nesse momento, mas sim, a minha estagiária tinha feito a minha menina como a muito tempo eu não conseguia fazer. Será que estava realmente falhando como pai? Entretanto, essa era uma dura verdade, para ser revista. Olívia precisava de uma figura feminina e materna. - Filha, eu não estou brigando, o papai somente quer saber, se foi legal lá na tia Dani. - Olívia sorri de canto. - Estava com saudades da tia Dani. - Olívia diz por fim. - Tudo bem princesa... - A tia Dani vai embora? - Odiava ver a minha filha triste. - Como a senhorita soube disso? - Olívia se encolhe novamente. - Andou me ouvindo no escritório, certo? - Ela confirma que sim. - É coisas de adulto filha, logo a tia Dani vai resolver. - Olívia concorda com os olhos tristes e vermelhos. Minha filha dormiu triste, eu odiava isso, não gostava de ver a minha menina triste. Assim que eu fecho a porta do quarto vejo Violeta para na porta ao lado como sempre. - Ela chorou muito para ver a Daniela... - Disse já sabendo que eu sabia da fuga das duas. Minha filha tinha seguranças em todos os lugares. - E... - A mulher engole em seco. - Eu a levei, não gosto de ver a menina chorar. - Suspiro. - Violeta... - A mulher que foi a minha babá não se intimida. - Levei ela, Olívia fica mais calma perto da Daniela. A menina começou a se comunicar melhor quando Daniela brinca com ela, sorri quando tem a sua atenção. Olívia parece outra criança perto da sua estagiária. - Fecho os olhos. Olívia teve uma péssima babá antes da Violeta ficar sendo a babá da minha filha por tempo integral. Minha ex babá já estava sem certa idade, mas Olívia somente ficava bem com Violeta e a Daniela Marçal. - Não me fale daquela mulher. - Digo tentando manter a minha voz calma. - Xavier, estou te informando que levei Olívia até a sua estagiária. A menina somente se acalmou depois de ver Daniela, e estou lhe falando porque não tem como esconder algo assim. A menina a chamava, e eu levei. - Me dou por vencido. - O que aconteceu para Olívia ficar tão agitada? Violeta suspira. - ela está morrendo de medo de perder a única amiga que conseguiu ao longo desses anos. Daniela escuta a menina, não força, não trata a menina como se fosse uma menina mimada. Ela somente brinca, ouve e tem a paciência. Já viu como a menina sorri quando Daniela somente fala ao telefone com ela? - Aquila afirmação mexia comigo. Violeta tirou do seu uniforme uma folha colorida, tinha certeza que era um dos desenhos da pequena, Olívia quase não falava, mas desenhava para se expressar. - Ela fez isso, peguei hoje nas coisas dela. - Abro o papel extremamente colorido. No desenho feito pela minha filha tinha três figuras feitas em traços cuidadosos e coloridos, um homem(pai), uma menina(Olívia) e uma mulher, em cima da sua cabeça estava escrito (Mamãe Dani). - Ela desenhou uma família... - Violeta não me diz nada, mas seu olhar dizia mais que palavras. - Ela gosta mesmo da minha estagiária. - Violeta acena que sim. - O visto dela está espirrando... - Digo em sentido péssimo, porque Olívia iria sofrer. - Eu sei que pode ajudar, ainda mais quando ela está perto de ser mandada de volta para o Brasil. Ouço aquilo, e uma ideia vem na minha cabeça. - Eu posso ajudar... - Digo mais para mim que para Violeta. - Ela pode me ajudar... - Vou descansar, Xavier. - Concordo. Fico ali olhando para a porta do quarto da Olívia. Daniela Marçal precisa de um casamento para ficar no país, mesmo com a minha influência, ela não conseguiria nada além de visto para ficar por temporadas. Casando, ela conseguiria o visto definitivo. Se casando comigo, eu me livro da minha sogra, minha filha fica feliz e todos ganham.






