Mundo ficciónIniciar sesiónNas mãos do CEO:
Capítulo 7 Antes de assumir os negócios do meu pai... Xavier Lancaster Estava tão tranquilo em um lugar distante da influência dos meus pais, das cobranças e de uma vida que nunca desejei que tinha até me esquecido de uma promessa feita no calor da emoção, e da minha ingenuidade. Quando meu pai me mandou para os Estados Unidos fazer faculdade, e fazer diversos cursos na área hoteleira, eu aceitei na mesma hora. Vi um rompante de liberdade, e diversas possibilidades se acenderam para mim. Concordei na mesma hora e fui com a cara e a coragem. A única coisa que meu pai me pediu foi que eu me casasse quando voltasse para Londres. Eu concordei, já sabia que teria um casamento arranjado, não era novidade, ou algo que me incomodasse. Eu já sabia que nunca iria amar alguém, sempre fui muito fechado quanto a isso, cético que esse sentimento existisse realmente. Todos que eu via que um dia amaram não eram correspondidos, então porque amar? Porque se entregar ao amor? Claro que não! Fui para os Estados Unidos querendo me livrar da intromissão dos meus pais em minha vida, querendo respirar novos ares, novos mundos e foi exatamente isso que aconteceu. Eu vivi como nunca antes, viajei por toda América, estudava nos Estados Unidos que ficava na América do Norte, mas passeava nas férias tanto na América Central e América do Sul. Meus países preferidos eram na América latina, mas especificamente no Brasil e México. Nesses dois países eu vivi emoções que conto para amigos que arrumei várias viagens que fiz por aí, e algumas eu deixo somente para as minhas lembranças, momentos quentes e inesquecíveis. Depois de passar tanto tempo longe, e em um lugar em que eu vivia uma realidade alternativa que de fato não era minha, pois o choque de realidade era gigantesco. Recebi a notícia que era a hora de voltar. Seis anos longe, pensei que meus pais tinham até me deserdado, mas era bom demais para ser verdade, eu tive que deixar a minha vida feliz nas Américas, e voltar para o continente velho e frio que era meu confinamento. Estar de volta a terras geladas, não pela temperatura, mas pela emoção era estranho. Passei tempo demais longe. E somente na volta que eu me lembrei da promessa, tinha que me casar com alguém escolhido pelo meu pai. Pego meus funcionários de surpresa, alguns nem sabem quem eu sou. Eram seis anos longe, nunca voltei nem para o natal típico entre famílias, não me via bem na foto falsa de família. Era como pousar para mais uma capa de revista que iria florear uma vida que eu não vivia de verdade. A empresa parecia que tinha estacionado no tempo, meu pai era antiquado e sem ideias novas, não era atoa que nosso sobrenome não figurava nas listas de melhores hotéis do mundo já fazia um tempo. — Podia ter dito que já estava no país, teria mandado um chofer te buscar. — Meu pai estava sentado na sua cadeira, com sua feição séria, era como se eu nunca tivesse saído. Dando ordens a um funcionário qualquer, era mais um que ele mandava a torque a direito. Como se passar anos longe não fosse nada para o abalar, não fazia falta, ele somente me chamou porque algo sério aconteceu. — Também senti a sua falta... – Era mentira, mas queria ver a cara dele sem graça. — O meu filho, eu somente venho enfrentando alguns problemas... — Ele se levanta e vem até a mim me abraçando. Era algo sem jeito, frio e sem qualquer sinal que era de coração. — Não sei se sou tão bem-vindo, pela cara dos funcionários... — Provoco. Meu pai me avalia. — Podia ter tirado a barba, onde já se viu usar uma barba desse tamanho? — Resmunga ao me levar para fora da sua sala. - Porque me chamou de volta? – Pergunto vendo os rostos novos e antigos da empresa. - Você é o dono de tudo isso, Xavier. – Diz como se fosse óbvio. – Tem que voltar, e tomar conta do que é seu... Sou conduzido até meu antigo escritório, enquanto ele me conta as novidades. Tudo está exatamente como deixei, parecendo que essa sala parou no tempo, fiz alguns trabalhos para o meu pai antes de sair para a faculdade. Me pai achava que eu tinha que fazer trabalhos de verão na empresa, era um jeito de me manter perto e sobre seus olhos atentos. Até hoje ele queria que eu tivesse uma ligação com a empresa, eu gostava da empresa, mas do que eu queria admitir. - Xavier... – Olho para o meu pai. – Seu avô faleceu... Me sinto confuso, meu avô era a única pessoa que eu mantinha contato, por que ele não mandou me chamar antes? - De que? – Meu pai coça a cabeça. - De velhice, Xavier... – Diz sem emoção. Meu pai e meu avô nunca se deram bem, muito disso porque meu avô obrigou meu pai a se casar com a mulher que ele não amava. Meu avô, Xavier, primeiro me contou em uma ligação quando estava passando férias no Brasil, mas precisamente no Rio de Janeiro, e eu disse que estava apaixonado. O velho ficou preocupado e contou a história que meu pai nunca ousou contar. Meu avô dizia que se eu amasse a menina mesmo, que era para agarrar e não deixasse fugir. A questão que eu tinha tomado caipirinha demais, nossa, aquela cachaça é forte e me deixou meio tonto. Brinquei com o meu avô, e descobri que meu pai tinha uma paixão que nunca pode ser vivida. Nessa história toda, eu sentia pela minha mãe, ela sim sofreu muito nas mãos do meu pai. Era mais uma prova que o amor somente destruía e não era esse mar de rosas que pintavam. Essa era uma boa lembrança que eu carregaria somente para mim, nunca diria para ninguém que meu avô era o meu verdadeiro amigo. — Tenho que ir ver a vovó... — Resmungou. — Sabem alguma coisa dela? – Meu pai colocou as mãos no bolso. - Em casa, mas vai para uma casa de repouso. Ela amava muito o seu avô e sentiu o golpe. Não quer ficar na nossa casa, não quer ficar na mansão Lancaster... Ela quer ir para onde seu avô está. — Ela deve estar arrasada... – Olho para a janela. — Ela teve sorte de amar e ser amada... – Meu pai para ao meu lado e olha para fora. — Franzo a testa. – Eles eram perfeitos juntos, mesmo com o casamento arranjado, se amaram... – nunca tinha ouvido meu pai falar dos meus avôs sem reclamar. — Quando é o enterro? – Pergunto meio que sem jeito, meu pai não me disse do que se tratava essa vinda para Londres. — Hoje... — Diz sem se abalar. – Estamos até atrasados. — Preciso ir... — Ajeito o terno. — Depois temos que conversar, Xavier... – Ele para na minha frente. – Você tem que cumprir a promessa que me fez. Não sou mais novo, já passou o tempo de você ficar por aí, brincando. Quero você aqui, eu preciso que faça a coisa certa pela família. Eu e meu pai não tínhamos qualquer relação há muito tempo, então era difícil ver ele assim, tão calmo. — Sei o que eu prometi, e vou cumprir. — Digo essa frase como se fosse justificativa suficiente, e era, Porque conforme o meu avô era um homem de palavra. Eu também seria, eu cumpriria a promessa que fiz, mesmo que fosse para passar o resto da minha vida com uma mulher que eu não amava. Porque não tive a oportunidade de contar para meu avô Xavier Lancaster que eu nunca iria amar alguém. Era melhor assim, ele ainda tinha ilusão que o amaria alguém, se ele pudesse se redimir em mim.






