Minha Ex-esposa é uma Bilionária Secreta

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Lauren  Recién actualizado
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Resumen
Índice

Mais do que o fim de um casamento, a separação de Adam Miller marcou o início de uma virada inesperada na vida de Aria. Ferida e com os sonhos em ruínas, ela foi levada a se reconstruir passo a passo, enfrentando seus medos e iniciando uma jornada corajosa de resistência e autodescoberta. O destino, porém, reservava-lhe mais do que dor. Seu caminho de cura se cruzou com uma reviravolta inesperada e, com firmeza e determinação, ela transformou cada tropeço em degraus, erguendo-se das cinzas do passado. Revigorada por sua independência recém-conquistada, Aria passou a investir em seus talentos e construiu uma carreira brilhante, acumulando uma fortuna que jamais imaginara alcançar. No entanto, em meio às conquistas, as sombras do passado continuaram a rondar. Quando Adam reapareceu, buscando reconciliação e talvez redenção, Aria se viu tomada por uma tempestade de emoções. Será que conseguiria perdoar o homem que, um dia, partiu seu coração? Estaria disposta a arriscar a segurança que construíra por uma nova chance no amor?

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Capítulo 1

Capítulo 1

(Ponto de Vista de Aria)

Enquanto eu os observava pelas portas de vidro que separavam meu escritório do dele, Adam, meu marido e chefe, ria de todas as piadas que saíam dos lábios de seu primeiro amor. Eu, por outro lado, tentava me concentrar na preparação dos documentos que exigiam sua assinatura e na organização das reuniões do dia, algo que fazia com dedicação há sete anos como sua secretária. No entanto, desde que Sophia reaparecera, eu não conseguia mais me concentrar em nada.

A cada risada de Adam era uma dor atravessava meu peito, quase me fazendo chorar ao notar que ele nunca rira assim comigo. Então, contemplei a silhueta esguia de Sophia, os cabelos negros e sedosos que caíam no lugar mesmo após ela jogar a cabeça para trás ao rir, e a leveza presente em cada gesto. Sophia representava a essência da feminilidade, e cada detalhe explicava por que Adam ainda era obcecado por ela, mesmo depois de tanto tempo... Mesmo depois de ter se casado comigo.

As persianas escuras do escritório dele desceram de repente, bloqueando completamente minha visão dos dois. Naquele instante, tudo o que me restou foi um véu negro diante dos olhos, como se Adam quisesse me impedir de enxergar. E o mais doloroso era saber que, mesmo sendo sua esposa, ele ainda acreditava que deveria haver privacidade entre nós… Sobretudo quando se tratava de uma mulher que ele havia amado tanto.

Ainda me lembrava do quanto fiquei chocada quando ela se aproximou de mim mais cedo, com os saltos ecoando de forma sofisticada sobre o piso do escritório. Vi primeiro os pés calçados com um par de saltos vermelhos brilhantes, antes de erguer o olhar para encará-la.

— Aria, eu não sabia que você ainda trabalhava aqui! Não acredito que o Adam ainda faz você trabalhar mesmo depois de casarem. Esse homem é mesmo uma figura, não é?

Ela falou, sorrindo docemente com os lábios vermelho-sangue, uma cor que pareceria horrível em mim se eu ousasse usar. No entanto, fiquei sem palavras, paralisada diante da presença dela após tantos anos. Ela ainda carregava aquela mesma aura de riqueza e confiança que eu sempre soubera que possuía. E por um instante, fez com que eu me sentisse inferior com meu conjunto cinza de trabalho, o coque apertado e a ausência quase total de maquiagem.

— Sophia!

A voz de Adam foi o que me tirou do transe. Ele saiu do escritório e, bem diante de mim, a abraçou com força, como velhos amigos. Em seguida, levou-a de volta para dentro sem me lançar sequer um olhar.

Agora que estavam sozinhos no escritório, com as persianas fechadas para me impedir de vê-los, tudo o que me restava era ouvir suas vozes abafadas e, de tempos em tempos, o riso de Adam. Cada gargalhada me fazia contorcer na cadeira, enquanto eu apertava as bordas da mesa, completamente desestabilizada e incapaz de trabalhar enquanto os dois permaneciam ali.

Olhei para o calendário sobre a mesa. A data de hoje estava marcada com caneta vermelha e soltei um suspiro profundo. Será que ele sequer sabia que hoje era nosso terceiro aniversário de casamento? Todo ano parecia que só eu me lembrava, e com o retorno de Sophia, já sabia que este dia passaria como se fosse qualquer outro.

Eu sabia que ela viria hoje. Ser secretária dele era o único motivo pelo qual eu sabia das coisas que Adam preferia esconder de mim. Ele já havia me informado sobre uma nova parceira de negócios que retornara ao país dois meses antes e que viria ao escritório a qualquer momento. O que eu não sabia, ou melhor, o que ele fez questão de esconder, era que esse tal parceira de negócios era Sophia Bradley. Talvez, ela fosse o verdadeiro motivo por trás do comportamento frio e indiferente que ele vinha demonstrando desde então.

Meu coração doía com essa constatação, mas doía ainda mais saber que não havia nada que eu pudesse fazer a respeito. Embora eu o tenha amado desde o momento em que salvou minha vida, anos atrás, jamais ocupei qualquer espaço no coração de Adam. Ele sempre foi o único para mim, mas o contrário nunca aconteceu.

E ele sempre me fazia lembrar, mesmo sem palavras, que nosso casamento era apenas uma tentativa de cumprir os desejos do avô. Portanto, se dependesse de sua vontade, ele jamais teria me olhado duas vezes, muito menos se casado comigo.

O amor do avô por mim talvez fosse a única razão pela qual eu ainda não enlouquecera nesse casamento sem amor. O velho nunca deixava de mostrar o quanto me estimava, mas quando isso foi suficiente? Eu havia me casado com Adam, não com a família dele.

O relógio parecia avançar sem fim, e ainda assim Adam continuava lá dentro com ela.

Assim que as risadas cessaram, percebi que não conseguia mais entender o que diziam, apenas ruídos abafados. No mesmo instante, a ansiedade começou a me consumir, e, incapaz de suportar a inquietação, levantei-me. Afinal, eu era sua esposa, tinha o direito de saber o que estava acontecendo. Com o intuito de parecer natural, preparei duas xícaras de café, já que, mesmo diante de tudo, eu ainda ocupava o cargo de secretária, e esse tipo de tarefa fazia parte da função.

A cada passo rumo ao escritório, senti o suor se formar em minha testa, sinal claro do nervosismo que me consumia. Então, inspirei profundamente, abri a porta e entrei. No entanto, meu coração se apertou ao vê-los tão confortáveis um com o outro, sentados lado a lado no sofá. Logo, engoli em seco e me forcei a caminhar até a mesa com a maior confiança que consegui simular.

— Fiz café. — Falei, mas nenhum dos dois reconheceu minha presença, completamente mergulhados na conversa e na companhia um do outro. Observei Sophia por um momento, enquanto ela enrolava um cacho do cabelo loiro cereja no dedo, sentada com uma perna cruzada sobre a outra, revelando provocantemente as coxas. Seu sorriso era tão amplo que eu não conseguia distinguir se era verdadeiro ou apenas uma encenação disfarçada.

Assim, quis me virar e sair dali, mas meus pés se recusaram a obedecer… Pois não podia simplesmente ir embora assim. "Até quando eu continuaria calada, suportando tudo em silêncio?"

— Senhor. — Chamei, olhando diretamente para Adam. Estávamos casados, mas ele nunca deixava de lembrar que no trabalho eu deveria tratá-lo como meu chefe. Sem ao menos me lançar um olhar, Adam demonstrou seu desprezo, e a raiva, antes contida, começou a borbulhar dentro de mim como lava prestes a transbordar.

— Senhor. — Repeti, e foi só então que ele finalmente me olhou com frieza, o que quase me desestabilizou, mas permaneci firme sob seu olhar.

— Preciso falar com o senhor sobre algo importante. — Menti descaradamente. No mesmo instante, senti o olhar de Sophia queimando sobre mim, mas evitei encará-la, com medo de perder a pouca confiança que ainda me restava.

Do outro lado, Adam apenas me dispensou com um gesto.

— Seja o que for, pode esperar. Como vê, estou com uma convidada.

— Realmente não é algo que se pode esperar. — Insisti com mais firmeza, mas ele já havia voltado a sorrir e ouvir Sophia como um adolescente apaixonado. Então, chamei-o mais algumas vezes e, incapaz de me conter, usei seu nome.

— Adam!

Ambos me olharam com expressões distintas. A de Adam era pura raiva, enquanto Sophia claramente se mostrava irritada. Desde o início, ficou claro que ela nunca simpatizou comigo. Quando ainda namorava Adam e eu ocupava apenas o cargo de secretária, encontrava defeito em tudo o que eu fazia, como se qualquer gesto meu fosse motivo para críticas.

— Adam, o que é isso? Vai permitir que uma funcionária o desrespeite desse jeito? — Disse ela com desprezo escancarado.

Fiquei atônita com suas palavras, tão surpresa que até soltei um riso irônico. "Funcionária? Como ela ousava falar comigo daquele jeito, mesmo sabendo muito bem que eu não era apenas uma funcionária?"

No segundo seguinte, Adam se levantou, com sua altura projetando uma sombra sobre mim enquanto eu segurava a bandeja com força.

— Aria, saia. Agora. — Ordenou, e a dor me invadiu de tal forma que minhas mãos tremeram e meus lábios vacilaram.

— Por que eu deveria? Tenho todo o direito de estar nesta sala e de ser ouvida por você.

Com isso, Sophia se levantou imediatamente.

— Pelo jeito, sua esposa tem algum problema comigo, e eu não vou ficar aqui escutando insultos.

Ela começou a sair e, claro, Adam a seguiu. Tentei sair do caminho, mas ela esbarrou em meu ombro com tanta força que parecia proposital. Logo, perdi o controle da bandeja e cambaleei para a frente. Num instante, o café quente se derramou por todo o vestido caríssimo dela... E pelo meu. Diante da situação, Sophia recuou bruscamente e soltou um grito, antes de me lançar um olhar fulminante.

— Qual é o seu problema? — Berrou. Adam correu até ela em segundos, preocupado com o vestido manchado, oferecendo seu lenço enquanto eu permanecia parada, encharcada de café, assistindo meu marido cuidar de outra mulher. Logo, senti as lágrimas se acumulando nos olhos… "Mas o que adiantava chorar diante dela?"

— Eu não acredito que você fez isso! O que foi que eu te fiz? Pode me odiar o quanto quiser, mas há um limite para tudo, e você acabou de ultrapassá-lo! — Exclamou ela, furiosa.

Quando Adam se virou com os olhos tomados pela raiva, um calafrio percorreu meu corpo. No fundo, o que mais me machucava era saber que ele estava assim... Por causa de outra mulher, não por mim.

— Peça desculpas agora! — Ordenou, e eu ri, incrédula. "Como podia ele ficar do lado dela quando eu não tinha feito nada de errado?"

— Por que eu faria isso? Não fiz nada de errado! Foi ela quem esbarrou em mim! — Defendi-me, com a voz trêmula e os lábios vacilando.

— Eu? Eu não fiz nada disso! — Retrucou Sophia, mas seu olhar dizia outra coisa.

— Você me ouviu, Aria. Peça desculpas a ela agora. — Repetiu Adam, sem desviar os olhos dos meus. Quase ri com a ironia de perceber que, depois de três anos de casamento, aquela era a única vez em que ele me olhava diretamente nos olhos... E era por causa de outra mulher.

Balancei a cabeça, sem conseguir acreditar naquilo.

— Quer dizer que acredita nela em vez de mim? As palavras dela têm valor, mas as minhas não significam nada? Eu sou sua esposa!

— Uma esposa que eu nunca quis me casar! — Ele gritou de volta... Despedaçando o que restava do meu coração.
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