(Ponto de Vista de Aria)
A chuva começou a cair com força no exato momento em que saí de casa, como se o céu finalmente resolvesse acompanhar o peso das nuvens que vinham se formando desde o funeral da minha avó.
Eu não estava preparada para a mudança repentina no tempo e considerei, por um breve momento, voltar para buscar abrigo até a tempestade passar. Mas o que isso faria de mim? Uma mulher fraca, incapaz de se manter firme diante da própria decisão.
Então segui adiante, atravessando a chuva com determinação, arrastando minha mala atrás de mim. As ruas estavam vazias, sem um único carro à vista, o que significava que eu nem ao menos poderia tentar chamar um táxi. E mesmo que conseguisse... Para onde eu iria?
Naquele instante, caiu a ficha do que minhas ações impulsivas realmente haviam causado.
Eu realmente não tinha para onde ir…
Não tive arrependimentos pela minha escolha, mas a sensação de impotência me fazia me odiar profundamente. Por isso, comecei a chorar ali mesmo, com lágr