Emma é uma jovem determinada que aceita um emprego como babá da pequena Lily, filha do poderoso e frio CEO Alexander Carter. Sem tempo para a filha e com uma reputação de homem de negócios impiedoso, Alexander não esperava que a nova babá fosse desafiar suas certezas e trazer cor à sua vida. Mas quando segredos do passado vêm à tona, Emma e Alexander terão que decidir se o amor vale o risco.
Leer másSofia caminhava apressada pelos corredores do aeroporto, com o coração batendo mais rápido a cada passo.Cinco anos haviam se passado desde a última vez que ela esteve em casa.Cinco anos de saudade, de culpa, de esperança.Quando Emma entrou em coma, Sofia estava apenas começando sua carreira internacional.Se mudou para Londres, mergulhou nos estudos e no trabalho, tentando ser forte, mesmo com o coração dilacerado pela tragédia que abalou sua família.Durante todo aquele tempo, a ligação com Alexandre e Miguel era feita por chamadas de vídeo, ligações, mensagens... mas nunca era o suficiente.Ela sabia: o lugar dela era ali, ao lado deles.E agora, com a notícia do despertar de Emma, Sofia não pensou duas vezes — largou tudo e embarcou no primeiro voo de volta para casa.Assim que passou pelo portão de desembarque, seus olhos encontraram Alexandre e Miguel a esperando.Miguel, agora um rapazinho, correu na sua direção, rindo.— Sofiaaaaa! — ele gritou.Ela se abaixou e o abraçou ap
O tempo seguia, e cada dia trazia uma nova conquista para Emma.A recuperação, que no começo parecia lenta e cheia de incertezas, agora avançava a passos largos.Emma já conseguia caminhar pequenos trechos com a ajuda de fisioterapia e força de vontade.Cada passo era motivo de celebração.Cada sorriso dela era como um novo nascer do sol para Alexandre.E Miguel, que antes era um bebê nos braços dela, agora era um garoto de quase sete anos, esperto, carinhoso, e totalmente apaixonado pela mãe.Ele se tornara a maior motivação de Emma.— Mamãe, segura na minha mão! — dizia ele, estendendo sua mãozinha para ela com uma confiança contagiante.Com o apoio de Miguel e Alexandre, Emma aprendeu a rir das dificuldades.Transformou a dor em combustível para continuar.Os dias eram ocupados por terapias físicas e sessões de memória, mas também por momentos felizes:almoços em família, jogos de tabuleiro que Miguel insistia em vencer, e longas conversas com Alexandre, que se tornaram ainda mais
As semanas se passaram.A recuperação de Emma era lenta, mas cada pequeno avanço era celebrado como um milagre por Alexandre e Miguel.Ela já conseguia caminhar com mais firmeza, falar com mais clareza.Mas as lembranças ainda vinham como fragmentos dispersos, pedaços soltos de um quebra-cabeça que ela tentava montar.Certa tarde, enquanto descansava no quarto iluminado pelo sol, Emma olhou para o homem sentado na poltrona ao lado de sua cama.Ele lia um livro para ela, como fazia todos os dias.O som da voz dele era tão reconfortante que seu coração apertou sem que ela soubesse explicar.De repente, uma imagem atravessou sua mente:Ela mesma, rindo, com um vestido branco leve, correndo pelas areias de uma praia, Alexandre atrás dela, sorrindo como se nada mais importasse no mundo.Emma levou a mão à cabeça, assustada.— Eu... eu vi... — sussurrou.Alexandre imediatamente fechou o livro e segurou sua mão.— O que você viu, meu amor?Emma tentou organizar as palavras, confusa, mas sent
A manhã tinha começado como qualquer outra na casa de Alexandre e Emma. Miguel brincava no tapete da sala sob o olhar atento da babá, enquanto Emma se preparava para sair para um evento importante de sua carreira. Ela usava um vestido elegante, o rosto iluminado por aquele brilho natural que Alexandre tanto amava.— Volto logo — disse ela, sorrindo para ele enquanto ajeitava a bolsa no ombro.Alexandre se aproximou, a puxou pela cintura e deu um beijo demorado em sua testa.— Tenha cuidado. Me avise quando chegar lá.Emma sorriu. — Sempre aviso, meu amor.Ele observou enquanto ela entrava no carro, sem imaginar que seria a última vez, por um tempo, que veria aquele sorriso tão cheio de vida.Horas depois, o celular de Alexandre tocou.Era Marcos.— Senhor, desculpe ligar, mas… aconteceu uma coisa. A senhora Emma… — a voz dele tremia — Ela sofreu um acidente.Alexandre sentiu o chão desaparecer sob seus pés.— O quê? Que tipo de acidente? Onde ela está?! — a voz dele subiu em desespero
A noite havia se instalado, silenciosa e serena, sobre a mansão. O quarto de Emma e Alexandre estava imerso em uma luz suave, apenas iluminado pelos abajures delicados e pelas sombras que a noite lançava. A atmosfera era íntima, quase mágica. A chuva lá fora, caindo tranquilamente, parecia criar uma melodia suave que ecoava nas paredes do quarto, completando a sensação de acolhimento.Emma estava sentada na cama, seus pés descalços tocando suavemente os lençóis. Ela usava uma camisola delicada, de tecido leve e transparente, que delineava suas curvas com sutileza e elegância. A peça, elegante e ao mesmo tempo provocante, era um reflexo de sua confiança e sensualidade, algo que, com o tempo, ela aprendera a abraçar completamente. Os cabelos dela estavam soltos, caindo em ondas suaves sobre os ombros, e seus olhos estavam fixos em Alexandre, com uma intensidade que ele sabia muito bem como decifrar.Alexandre estava parado ao lado da cama, seus olhos observando-a com uma mistura de dese
A chuva caía fina sobre os vidros da mansão naquela manhã silenciosa. Emma acordou cedo, inquieta. Depois do que descobriram na delegacia, a noite havia sido longa e carregada de pensamentos confusos. Ela se perguntava até onde Verônica tinha chegado em sua investigação… e por que ninguém a protegeu. Alexandre já estava no escritório, em uma chamada internacional. Miguel ainda dormia, e a casa estava em silêncio — um raro momento de calmaria, antes da próxima tempestade. Emma, com os olhos fixos em uma das pinturas em seu ateliê, viu algo que nunca havia notado. Uma figura escondida entre traços abstratos. Um rosto. O rosto de alguém conhecido. Ela se aproximou devagar, o coração acelerando. Era como se Verônica tivesse deixado mensagens nos quadros, códigos que Emma só agora estava aprendendo a decifrar. — Isso não é só arte… — murmurou. Ela puxou o quadro da parede. Atrás dele, havia uma pequena fissura. Com cuidado, retirou um envelope amarelado, selado com fita adesiva antiga
O voo de Sofia aterrissou em São Paulo em uma manhã abafada de terça-feira. Ela sentiu uma mistura de emoções ao pisar novamente no solo brasileiro. Estava ansiosa para ver sua família, mas algo estava diferente agora. Não podia ignorar os sinais que surgiam em sua mente. Algo no passado de sua mãe, Emma, e nas histórias que ela começava a descobrir a cada conversa, parecia incompleto.Quando Sofia chegou à casa de Alexandre e Emma, a primeira coisa que fez foi correr até o quarto de Miguel, que estava brincando com os brinquedos. O sorriso do pequeno fez seu coração se aquecer.Emma estava na sala de estar, revisando algumas imagens de suas obras mais recentes. O peso da situação era visível em seus olhos. Ela levantou a cabeça assim que Sofia entrou na sala.— Sofia! Você voltou! — Emma a abraçou, sentindo alívio e carinho. — O que trouxe de Paris?Sofia olhou para a mãe, mas antes de responder, algo em seu peito a impediu de falar. Ela ainda não sabia como contar sobre o que encont
O dia amanheceu cinza, com nuvens pesadas cobrindo o céu de São Paulo, como se a cidade sentisse o peso dos dias que Emma vinha enfrentando. Naquele sábado, ela acordou cedo, tomou seu café em silêncio e ficou observando a foto que recebera na noite anterior.A imagem, já desbotada, mostrava Elisa abraçada a uma mulher de olhar firme, cabelos escuros e expressão decidida. A legenda anônima deixava claro: havia mais segredos escondidos naquele passado que Emma achava conhecer.Alexandre entrou na sala, ainda com a expressão sonolenta, e parou atrás dela, lendo a anotação.— Acha que essa mulher pode ter as respostas?— Acho que essa mulher pode ser a chave. Ela era próxima da minha mãe. Talvez fosse parte do grupo de denúncia, talvez saiba o que realmente aconteceu… talvez saiba por que minha mãe morreu.— Então vamos encontrá-la.---Foram dias de buscas silenciosas, evitando deixar rastros. Marina ajudou com algumas lembranças, nomes soltos, pistas desconexas. Até que uma ligação de
O envelope com os documentos estava sobre a mesa do escritório de Alexandre. Ambos o encaravam como se contivesse dinamite prestes a explodir — e, de certa forma, era exatamente isso. Havia contratos adulterados, e-mails trocados entre nomes poderosos, fotos borradas mas reveladoras, gravações comprometedoras. Marina não havia mentido: era um dossiê completo, o suficiente para colocar Eduardo contra a parede.— Isso aqui é explosivo — disse Alexandre, folheando as páginas. — Mas precisamos de um plano sólido. Se divulgarmos do jeito errado, ele pode virar o jogo contra você, te acusar de difamação, manipulação, até de estar emocionalmente instável.— Já fui silenciada uma vez, Alexandre. Não vou aceitar isso de novo. Só que agora… agora eu tenho você. E não estou mais sozinha.— E nunca mais estará — ele respondeu, tocando a mão dela com firmeza. — Vamos fazer isso do jeito certo.---Dois dias depois, Emma e Alexandre encontraram-se discretamente com Vinícius Prado, um jornalista inv