Maria Luiza Petrova, conhecida por todos como Malú, carrega um passado sombrio e doloroso. Fugindo da Rússia, ela busca desesperadamente uma nova vida para si mesma e para a pequena Mayla, a menina que depende dela para tudo. Mas escapar não significa estar livre. Viktor Petrova, seu tio adotivo, é um homem cruel e obsessivo que a vê como sua posse, sua "noiva", e fará de tudo para tê-la de volta. No meio da fuga, Malú cruza o caminho de Ravi Castellani um CEO milionário, dono de uma enorme empresa de laticínios. E desde o primeiro olhar, Ravi sente que Malú é diferente. Há algo nela—nos seus olhos atormentados, na sua força silenciosa—que o atrai de um jeito inexplicável. E, mesmo assombrada pelo medo, Malú encontra em Ravi algo que nunca teve antes: proteção, segurança... e um amor avassalador. Mas Viktor não aceitará ser desafiado. Ele quer Malú de volta e não medirá consequências para possuí-la novamente. Entre perseguições implacáveis, segredos obscuros e um amor que desafia o destino, Malú e Ravi terão que lutar contra tudo e todos para finalmente serem livres. Uma história intensa, arrebatadora e cheia de reviravoltas, onde o amor é a maior arma contra as sombras do passado. Será que Malú conseguirá escapar do seu pior pesadelo e viver o amor que sempre mereceu?
Leer másMuito tempo depois que todos os convidados foram para a pista de dança, Malú conversava animadamente com as mulheres, incluindo Diana, Luna, Miriã e Natália, agradecendo a todas pela decoração maravilhosa que a ajudaram a escolher. À distância, porém, ela sentiu o olhar intenso do marido fixo nela. Seu vestido de noiva, suave e com as costas nuas, parecia hipnotizá-lo, e Ravi a observava com um desejo tão evidente que Malú corou. Ela tentou disfarçar, mas ele, bebendo champanhe, sorriu de modo malicioso ao notar seu constrangimento. Heitor aproximou-se dele e disse, em tom brincalhão: — Irmão, em vez de gravata, devias ter comprado um babador. Se continuar assim, vai manchar esse terno Armani impecável! Ravi riu, tentando manter a compostura: — Está tão óbvio assim, Heitor? — Que és louco pela tua esposa? Quase tão óbvio quanto eu por Natália! Os dois trocaram um sorriso cúmplice, observando as respectivas esposas com admiração. Gabriela, Fernanda e Camila se juntaram
Enquanto isso, dentro do carro, Malú estava tão nervosa quanto Ravi. Seu coração batia acelerado, as mãos suavam, e a ansiedade ameaçava dominá-la. Quando chegou à porta da catedral e ouviu os primeiros acordes da marcha nupcial, sentiu as lágrimas brotarem em seus olhos — não de medo, mas de gratidão por aquele momento tão sonhado. Antes que pudesse ceder à emoção, Olga sussurrou ao seu lado, segurando-lhe o véu com carinho: — Agora não, querida! Olha a maquiagem! Malú riu entre lágrimas, respirando fundo. O ar carregava o perfume das flores do bouquet, e o sol dourado da tarde banhava a entrada da capela como um sinal de benção. Ela então segurou firmemente as mãos de Eduardo e Breno Ramírez, decidida a entrar com os dois. Eduardo, o homem que ajudara a moldar Ravi no marido amoroso que ele era hoje, e Breno, seu pai biológico, que, mesmo tardio, encontrara redenção. Juntos, simbolizavam o passado e o futuro se unindo em harmonia. Quando finalmente começou a caminhar pelo
Algum tempo depois, com ambos conversando mais tranquilamente, Breno Ramírez, já mais aliviado, mostrou a Malú tudo o que guardara de Sofia: fotos, cartas, lembranças que mantinha com carinho, como se ainda tentasse honrar o amor perdido. Naquele momento, Gabriel entrou no escritório com May no colo. A pequena parecia curiosa com o ambiente novo e, ao ver Malú, estendeu os bracinhos. Breno olhou para a menina e perguntou, sorrindo: — Não me diga que essa é a outra filha de Sofia? Malú sorriu, a expressão refletindo a paz de um coração que finalmente cicatrizava: — Sim, pai. Ela é nossa irmãzinha. Esta é Maila. Breno sorriu com ternura, aproximando-se para fazer afagos em May, que o encarava com olhos brilhantes de curiosidade. Gabriel, intrigado com Malú chamá-lo de "pai", arqueou uma sobrancelha: — Pai? — Sim, Gabriel. Pai… nosso pai. O sorriso de Gabriel alargou-se. Movido pela felicidade do momento, abraçou Malú e Breno ao mesmo tempo. — Nossa, Malú… Não
Malú não conseguia desviar o olhar de Breno. Mesmo em poucos dias desde que o vira pela última vez, sua aparência parecia ter mudado. Ele estava ainda mais pálido, mais frágil, como se o peso dos anos e da doença tivesse avançado rapidamente sobre ele. Era estranho ver aquele homem, que, segundo Gabriel, fora um dia tão imponente. Mas ela não se deixou comover tão facilmente.Virou-se para Gabriel, séria, a voz carregada de ressentimento.— Ravi jamais teria deixado você me trazer aqui se soubesse para onde estava me levando — afirmou. — Você sabe muito bem que a presença desse homem não me faz bem.Gabriel sustentou o olhar da irmã, mantendo-se firme.— Ouça, Malú… Apenas dê uma oportunidade para ele. Escute-o com atenção. Depois, se quiser julgá-lo, julgue-o como quiser, e se quiser me odiar por isso, tudo bem, terei que aceitar. Mas eu precisava fazer isso, minha irmã, e só entenderá por quê quando o ouvir.Ela permaneceu em silêncio, cerrando os punhos ao lado do corpo, enquanto
Gabriel ainda estava de pé, os olhos estreitados diante das palavras de Breno Ramírez. Sabia que o pai escondia algo importante, mas a resposta demorava, e sua paciência se esgotava. — Por quê? — exigiu, cortante. Ele ecarando o filho tentou falar algo:— Gabriel, preciso primeiro… — Perguntei por quê, senhor Breno Ramírez? — repetiu, a voz carregada de desconfiança. — E não tente me enrolar, não sou um investigador atoa. Conheço mentiras a quilômetros de distância. Se inventar algo, vou saber! Breno suspirou, passando a mão pelo rosto enrugado. Ergueu os olhos para o filho, e um tom melancólico e rouco tomou sua voz: — Você conhece mentiras, Gabriel… mas saberia reconhecer uma verdade se estivesse diante de uma? Gabriel franziu a testa, a raiva dando lugar a uma hesitação fugaz. — Do que está falando, Breno? O homem recostou-se na cadeira de rodas, um suspiro pesado escapando-lhe: — A verdade, filho… Quer mesmo saber? Estou morrendo. Os médicos me deram apenas mais
Assim como Gabriel havia prometido a todos, após algumas semanas, voltou ao Brasil. A primeira pessoa que foi visitar foi Malú. Ele estava ansioso para vê-la e saber como ela e May estavam — e, principalmente, descobrir o que Breno Ramírez queria na casa dela. Alguns dias antes de sua volta, Malú contara sobre a visita surpresa de Breno. Gabriel ficara intrigado. Não via ou falava com o pai há quase dois anos, desde a briga que tiveram antes dele começar a procurar por Malú. Não fazia ideia do que Breno queria. Agora, estava diante de Malú, exigindo saber o que o pai dissera. Ela contou tudo, detalhe por detalhe, deixando Gabriel perplexo. — Breno disse que realmente amava nossa mãe? — perguntou ele, incrédulo. — Foi o que afirmou — respondeu Malú. — Disse também que não me levou embora porque não suportaria ver nossa mãe sofrer. Mas, é claro, não acreditei. Só não entendo por que quer se aproximar agora. Será que só deseja me atormentar? Gabriel balançou a cabeça, pensativo
Muitos dias depois da noite em que Ravi fez o pedido, Diana e as irmãs dele começaram a ajudar Malú a escolher os detalhes do casamento: decorações, igreja... Ela queria que fosse na mesma catedral onde seus pais se casaram. Marcaram a data para três meses depois, embora Ravi desesperadamente quisesse reduzir para um mês. — Um mês é pouco demais para tanta coisa — disse Malú, rindo, enquanto se levantava do sofá. — Além disso, não entendo tanta pressa. Já está tudo certo, meu querido. Ravi puxou-a pelo braço, fazendo-a sentar em seu colo: — Minha pressa, linda, é que, com os preparativos, você fica tão ocupada que esquece de mim. Nem me deixa tocar em você direito — murmurou, os dedos acariciando seu queixo. Malú segurou seu rosto com as mãos, brincando: — Como você é carente, amorzinho! Dona Diana te mimou demais, sabia? Ele riu, su
Ao amanhecer, após acordarem, Ravi e Malú voltaram para a mansão. Ao chegarem, foram recebidos com sorrisos pelas empregadas Gabriela, Fernanda e Camila, a governanta, e Olga — que havia sido avisada por Ravi de que o casal só retornaria no dia seguinte — desconfiavam que ele preparara uma surpresa especial. Assim que entrou, Malú compartilhou a novidade: — Ravi me pediu em casamento! Estamos noivos! As empregadas explodiram em alegria, abraçando o casal. Olga chorou de felicidade, emocionada por ver Malú finalmente segura e longe das sombras do passado. Malú abraçou-a e beijou seu rosto, agradecendo por tê-la guiado até alguém como Olga, que sempre lhe oferecera amor incondicional. — Vamos planejar o casamento! — sugeriu Gabriela, animada. Ravi, sorrindo, deu um beijo no rosto de Malú e disse: — Preciso contar ao Heitor que tudo foi perfeito. E também quero avisar toda a família Castellani. <
Enquanto Ravi beijava Malú, ela deixou escapar pequenos gemidos que incentivaram ele a aprofundar o beijo. Ele a ergueu no colo com facilidade, enquanto ela o abraçava pelo pescoço, seus lábios recusando-se a se separar. Com cuidado, Ravi a levou até a cama, deitando-a suavemente sobre as pétalas. Seus dedos traçaram o contorno do rosto dela, os olhos capturando cada detalhe como se fosse a primeira vez. Malú, entregue ao momento, deslizou as mãos para os botões do paletó e da camisa dele, desabotoando-os com lentidão deliberada. Os músculos tensos e quentes sob suas mãos fizeram seu coração acelerar. Ravi, por sua vez, deslizou o zíper do vestido, deixando o tecido escorregar pelos ombros dela. Parou por um instante, a respiração entrecortada, para admirá-la. — Você é perfeita, Malú. Sempre será. Ela sorriu, o rosto levemente corado, e o puxou para mais perto. Seus toques eram uma mistura de amor e desejo, como se cada carícia fosse