(Ponto de Vista de Adam)

Três dias. Esse tinha sido o tempo desde que Aria criara coragem para sair da nossa casa.

Como homem de negócios, algumas horas bastavam para eu superar perdas, já que apenas um tolo lamentava continuamente quando deveria seguir para a próxima oportunidade para compensar. Sempre havia funcionado assim com pessoas também: eu nunca me importava com quem partia, porque, no fim das contas, sempre surgia alguém melhor para substituí-las.

Ainda assim, três dias inteiros haviam se passado, e eu não conseguia superar essa sensação estranha que apertava meu peito toda vez que pensava nela. Não conseguia aplicar minha lógica habitual de perda e substituição à única pessoa que eu nem deveria me importar em perder. Incapaz de aceitar que aquele aperto no peito significava algo, recorri aos sentimentos que eu sabia lidar. Deixei que a angústia, a raiva, a humilhação e o total desrespeito me dominassem, porque, no fundo, essas eram precisamente as atitudes que Aria vinha cau