Liam foi o primeiro.
O corredor refletia mil versões dele.
— Um sem alma.
— Um que matou Ana.
— Um que se tornou o novo Caius.
— Um que escolheu a luz… e morreu por ela.
Mas ao final do corredor, havia apenas um espelho sem reflexo.
Ele tocou.
E viu o Jardim.
Um lugar onde o sangue nutria as flores.
Onde a dor era solo fértil.
Onde ele não precisava vencer — apenas existir com verdade.
Saiu do corredor em silêncio, lágrimas escorrendo.
Ana entrou.
Viu a si mesma como mãe, guerreira, monstro, mártir.
Mas ao final, viu-se cuidando de crianças órfãs. Ensinando-as a amar mesmo após a guerra.
Sorriu.
Adam enfrentou todos os irmãos mortos, cada um cobrando escolhas. Mas ao final, viu uma vila onde nunca precisou lutar. Onde plantava. E era amado.
Rósyn viu-se sem magia. Fraca. E também… livre.
Livre para amar sem proteger. Livre para errar.
Ao deixarem o corredor, a árvore os recebeu com silêncio.
E então, o fruto se partiu.
De dentro dele saiu uma semente… que pulsava.
— Levem-na ao Jardim