Ambos dizem se odiar mas mal sabiam o que o destino tinha reservado para os dois. Amor e ódio e suas contradições. Na teoria é bem mais fácil de lidar. Será que na prática é também? Manuela Herrera é uma garota beirando seus dezoito anos, com uma personalidade forte, decidida e cheia de metas. Após passar por um trauma, em seu último ano no colegial ela o inicia com o objetivo de recomeçar e deixar o passado todo para trás. No mesmo ano uns dos melhores amigos do seu irmão mais velho, Diego, volta para o Rio de Janeiro para curtir suas férias e também fugir um poucos dos problemas pessoais. Ele é sério, centrado, que nunca se abriu verdadeiramente para alguém, típico desejado por todas mas poucas o tem.
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Eu estava tonta, não sabia pra onde Gael estava me levando, cada passo que eu dava o som ficava mais longe e se escutava pouco as vozes das pessoas gritando enquanto bebiam e dançavam.
— Pra onde estamos indo, amor? — perguntei um pouco embolado e tentando enxergar onde estávamos.
— Você vai ver, minha princesa — beijou meu pescoço e eu sorri.
Nós chegamos em um lugar completamente silencioso e com dificuldade vi Gael abrindo uma porta de madeira caindo aos pedaços e que provavelmente deveria ser um quarto pois logo em seguida ele me colocou numa cama. Ouvi umas vozes estranhas, olhei ao redor desconfiada mas eu via tudo como se fosse um borrão. Caralho, eu tinha certeza de que colocaram alguma coisa na minha bebida. Gael se deitou por cima de mim e começou a beijar meu pescoço, apertar minha coxa e apalpar meus seios. Eu tirava sua mão e tentava me desgrudar de seu corpo mas praticamente todo seu peso estava sobre mim.
— Amor, eu quero dormir — tentei empurra-lo.
— Vamos aproveitar — palpitou meu seios — Gostosa — disse enquanto tentava colocar a mão por baixo do vestido que eu usava.
— Eu não estou afim, Gael — disse sonolenta.
E depois disso eu apaguei.
....
Acordei uma forte dor de cabeça e a luz que entrava pela janela só piorava. Eu estava cheia de dor no corpo e provavelmente ainda bêbada, eu lembrava como vim parar nesse quarto mas não lembrava o porque de ter dormido aqui, Gael deve ter ficado com raiva por não querer transar com ele na noite passada e ter ido embora.
Eu odiava esses surtos dele sem total necessidade.
Era um quintal bem grande, a casa da Juliana onde rolou a festa ficava um pouco distsnte desse quartinho onde eu estava e andei uma extensão grande de gramado até sua casa. As pessoas estavam jogadas pelo quintal, empurrei a porta principal que estava entreaberta e pelo chão da sala havia milhares de garrafas vaziad, todo cômodo só fedia a álcool. Vi que minhas coisas estavam no canto da sala, pedi a Deus que meu telefone estivesse dentro da bolsa, chequei tudo e suspirei aliviada ao ver que estava tudo em ordem. Procurei um banheiro naquela casa imensa, com diversas portas e no final do corredor o encontrei. Joguei uma água no rosto e procurei nas gavetas do banheiro algum analgésico e agradeci mentalmente por achar uma cartela de dipirona. Tomei a seco mesmo e sai do mesmo amarrando meu cabelo num coque frouxo.
Chamei um Uber, esperei uns cinco minutos e o mesmo chegou. Cheguei em casa vinte minutos depois, dei o dinheiro para o motorista e entrei com rapidez no meu prédio. Na ponta do pé entrei no meu apartamento e fechei a porta com cuidado. Eu estava sem saco pra escutar esporro de Gabriel, o meu irmão mais velho. Assim que entrei no meu quarto deixei minhas coisas de lado e fui direto para o banheiro, eu estava necessitando de um banho. Demorei bastante de baixo do chuveiro, sai e vesti um pijama de listra preta e branca, penteei meu cabelo e deitei, eu estava acabada só queria dormir até amanhã se possível.
...
Era cinco da tarde, a dor de cabeça tinha passado e as dores no corpo também. Levantei e fui na cozinha beber um copo d'água.
Ressaca estava batendo na porta.
Gabriel não estava em casa, agradeci mentalmente por isso, tinha tempo para formular uma mentira sobre onde eu passei a noite passada e essa manhã caso ele perguntasse. Sentei no sofá e liguei a tv, ficava chocads como aos domingos não passava nada de bom. Coloquei em um filme qualquer e peguei meu celular que estava cheio de mensagens e menções nas redes sociais.
Olhei os comentários em algumas fotos do Instagram que o pessoal havia postado e entrei no Whatsapp, tinha diversas mensagens de várias pessoas perguntando se eu estava bem e algumas até com comentários ofensivos. O que estava acontecendo?
Abri uma das mensagens de um número que não estava salvo e baixei um vídeo. Demorou séculos para carregar e quando apertei o play meu coração gelou. Era eu.
Meus olhos se encheram de lágrimas, larguei o telefone na cama e cobri o rosto com a mão enquanto soluçava de tanto chorar. No vídeo mostrava Gael com seus amigos me filmando bêbada e praticamente nua. O pior era que eu não me lembrava de nada disso.
Por que ele fez isso? Ele disse que me amava...
Eu sei que o final talvez não foi o que muitos queriam ou pensavam, me dediquei muito para que fosse um final justo e me perdoem se decepcionei vocês de alguma forma.No início de tudo eu nem imaginava que o livro iria tomar a proporção que ganhou, sério, pra mim seria mais uma obra flopada."Nós"foi uma experiência mágica pra mim e foi diferente de tudo do que eu já vivi aqui no wattpad. Foi meu primeiro livro no wattpad que fez sucesso, o primeiro livro que eu tive certeza do que eu queria passar para os leitores na escrita e o primeiro livro de muitos que eu ainda vou escrever.Escrever pra mim em muitas das vezes foi uma salvação, me ajudou muito quando minha crise de ansiedade
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Último capítulo