O toque dela era quente. Mas não suave. Rósyn tocava como quem lê cicatrizes com os dedos. Como quem compreende que certas dores não querem ser curadas — apenas reconhecidas.
— Eu senti você quando o espelho caiu — disse ela, traçando a linha do maxilar dele com as unhas. — Senti a criança que quase foi destruída. Senti o homem que escolheu amar mesmo quando era mais fácil destruir.
Liam fechou os olhos. O corpo inteiro reagia ao toque dela — não apenas de forma física, mas profunda. Como se ela tocasse partes dele que ele mesmo havia esquecido.
— Você me viu, Rósyn. Por inteiro. Até o que eu escondi de mim mesmo.
Ela sorriu, e havia algo cruelmente doce naquele sorriso.
— E mesmo assim… te quero.
Liam respirou fundo.
— Eu tenho medo. De gostar demais. De te perder. De me perder.
— Então se perca comigo. — sussurrou ela. — Por uma noite. Ou por todas.
Ele a puxou para perto. Não com pressa. Mas com urgência silenciosa. Como quem finalmente se permite ceder.
Os lábios se tocaram com o