A pequena Maria com uma folha de papel e um pouco de tinta retrata a vida da menina do barro. Que fugiu de casa e carregada pela enxurrada, foi levada pelo anjo ate a casa dela. O pai e professora tentam matar ela e toda sua família, que são levados e amarrados a beira de um abismo para morrer. Pietra mãe de Maria socorre Larissa ajudando-a com a mãe e os irmãos, tudo graças aos desenhos de Maria que cada vez mais nítidos mostram tudo que acontecem com eles. E esta sempre dizendo que o anjo dela é presente, mesmo em situações muito complicadas. E quando o destino fatídico de Larissa acontece, os pingos de tinta mostram onde ela esta jogada quase morta. O PAI com a consciência pesada morre num enfarto fulminante, a professora sofre um acidente e fica paraplégica para sempre. E o anjo de Larissa desenha o futuro da garota numa folha de papel para Maria que se assusta ao ver o que aparece. Mais, a proíbe de falar, porque como diz o anjo tudo tem hora certa. E a hora certa de Larissa ela precisa se curar dos ferimentos e do trauma que lhe foi imposto, para enfrentar a missão a qual veio a este mundo. A regeneração do seu pai. Carregando em seu ventre o filho do próprio pai, numa condição de que agora seria tudo diferente. E com a aprovação do anjo, Larissa vive um novo começo, onde tudo é como deveria ser.
Leer másPRIMEIRO CAPITÚLO
Sentada sob a relva embaixo do guarda sol, Larissa olha ao longe o belíssimo por do sol, que desce vagarosamente escondendo-se atrás da montanha que declina suavemente sobre o misterioso entardecer.
Ela soluça silenciosamente, pois esta só e seu coração esta muito triste, ela acaba de fugir de casa e não tem a menor noção de que caminho seguir.
Abraça seu pequeno urso de pelúcia e olha extasiada a fascinante beleza da natureza.
O por do sol avermelhado que como uma sublime mágica vai desaparecendo dando lugar à noite que aproxima de mansinho, surgindo de vez enquanto uma pequenina estrela no céu.
Larissa deita então sobre a relva e fica a imaginar, como será o céu se um dia for para lá, será que poderei admirar tudo a lua acompanhada de suas amigas estrelas que vão saindo uma, a uma enfeitando o grande azul do céu.
Esta arrependida, mas esta muito longe de casa e não tem como voltar antes que escureça, por isto fica ali quieta admirando a paisagem.
Enquanto pensa adormece e por algumas horas fica ali frágil, indefesa envolta em sua tristeza adormecida feito uma criança carente que quer ser notada.
As horas passam e o sono profundo em que caira, devido à canseira de ter caminhado horas e horas não percebe que o tempo muda que as estrelas são encobertas por uma grande nuvem que esta prestes a
desabar. Acorda assustada com o barulho do trovão e ao abrir os olhos vê o brilho dos raios que ciscam o céu fazendo-a tremer de medo.
E agora o que fazer, para onde ir, o vento assopra numa velocidade que ela quase não consegue ficar de pé, agarra-se numa pequena arvore tentando se firmar e não ser levada pela tempestade.
Fica ali por algum tempo querendo entender o que esta acontecendo, se algum tempo atrás tudo era tão bonito, agora tudo estava diferente a noite se tornara muito mais negra, apenas vendo alguma claridade quando um raio corta o céu.
Larissa ficou ali por muito tempo, não sabe o que aconteceu, pois não agüentando mais suas mãos se soltaram da arvore e ela fora levada pela enxurrada que carregava tudo a sua frente.
Não sabe por quanto tempo foi arrastada e nem por onde passará, a única coisa que se lembra é que acordara com o barulho dos trovões e depois tudo fora muito rápido.
Abre os olhos vagarosamente tentando descobrir onde estava, mas não consegue sequer se levantar do chão, esta presa embaixo de galho de arvore e não tem como retira-lo, pois é muito pesado e ela não tem como se movimentar, então fica ali inerte sem condições de sair e sem ter ninguém para ajudá-la.
Tenta erguer os braços, mas qual nada eles estão presos praticamente soterrados na lama.
A noite que começara linda toda enfeitada de estrelas terminará com um grande vendaval acompanhado por uma tempestade, que dá lugar a um sol amarelado meio envergonhado que aponta sua cara de vez em quando atrás das nuvens que continuam se formando prenunciando uma nova tempestade.
Larissa sabe que tem que sair dali rapidamente ou será ou seu fim, começa a gritar com toda força que ainda lhe resta nos pulmões e na garganta.
Socorro... Socorro... Alguém ai me ajude, preciso de ajuda.
Socorro... Socorro...
Qual nada ela grita até não ter mais forças e termina sem voz e sem forças para continuar gritando, então se aquieta e fica esperando que aconteça um milagre e que alguém venha lhe ajudar.
As nuvens vão ficando mais escuras e der repente começa a chover novamente, Larissa reza baixinho pedindo a DEUS que lhe conceda uma morte sem sofrimento, pois sabe que se a chuva aumentar e descer da encosta uma nova enxurrada estará morta, pois não tem como se defender da água.
Quando acha que esta tudo acabado eis que ouve passos se aproximando, arranja forças do fundo do seu eu e grita com a voz meio rouca socorro... Por favor, alguém ai... Ajude-me, por favor.
Então vê um velho Senhor chegar bem perto dela e ao olhá-la fala devagarinho, calma garota já vou retirá-la daí.
Com muito esforço arranca o galho da arvore que a impedia de se levantar e depois com as mãos começa a tirar
a lama que cobre os seus braços e quase todo o seu corpo. Em seguida puxa-a colocando-a de pé.
Larissa quase não consegue parar de pé, então apóia no velho senhor que a conduz rapidamente para longe dali, deixando a chuva seguir seu curso.
Larissa esta tão mal que não sente seus pés caminhar e quando percebe esta de frente a uma grande casa rodeada por um imenso jardim todo florida.
O velho senhor a deixa na porta dizendo apenas bata que viram lhe socorrer.
Ela vira-se e começa a bater na porta e ao voltar-se novamente para agradecer não havia mais ninguém ali.
Apavorada Larissa chama pelo homem, mas a porta se abre e aparece Maria uma meninazinha muito linda, de longos
cabelos pretos, olhos esverdeados e sorriso inocente.
Oi... Quem é você?
Eu sou Larissa!
Nossa exclama a garota, como você esta suja?
O que ouve?
Como é seu nome?
Meu nome é Maria e tenho cinco anos, mas já sei desenhar.
Verdade!!!! Sim eu faço desenho de gente, de bicho, de sol, de lua e até mesmo de moça bonita suja de barro.
Nisto ouvem alguém chamando>>>
Maria... Maria... Quem esta ai?
Olha mamãe é a moça do desenho, venha ver.
A jovem mulher aproxima, e ao notar Larissa fica sem fala, olha para Maria e pede vá meu bem deixa que falo com a moça.
Esta bem mamãe eu já vou então, mas, tchau moça.
Larissa responde baixinho tchau Maria...
A jovem mãe pega Larissa pela mão dizendo, venha meu bem vou levá-la para tomar um banho depois à gente conversa.
Larissa entra no chuveiro ajudado por Pietra que a segura enquanto banha-se, pois mal consegue ficar de pé.
Apos o banho quente, Pietra arruma-lhe uma roupa limpa e quentinha, pois devido ao tempo frio Larissa mal se agüenta apos toda a jornada que enfrentará sendo arrastada pela enxurrada.
Pietra vem com remédios, pomadas para curar os ferimentos e uma sopa bem quentinha para alimentá-la.
Larissa estava muito abatida devido ao tempo que passará quase que soterrada na lama, suas mãos tremem e ela chora baixinho.
Calma garota esta tudo bem, diz Pietra a senhora que á acolhera.
Tome esta sopa quente que vai se sentir bem melhor, depois a gente conversa.
Enquanto Larissa com muita dificuldade tomava a sopa, Pietra curava os arranhões de seu corpo, ate mesmo em seu rosto onde pequenos pedaços de arvores haviam passado e arranhado sua pele macia e jovem.
A pequena Maria entra correndo no quarto onde a mãe cuida de Larissa. Mamãe... Mamãe deixe-me ajudá-la a cuidar da moça do barro.
Menina preste atenção no que fala, pois ela não é moça do barro e sim Larissa.
Este é o nome dela!
Esta bem mamãe me desculpe moça...
Coloca a mão na boca parando a frase no meio, retornando com
Desculpe-me Larissa.
Larissa seca os olhos com as mãos e sorri para a pequena Maria
Não tem importância meu bem, eu não vou ficar chateado com seu comentário.
Maria esta muito agitada e não para de falar o tempo todo, porque você estava suja de barro.
Porque estava sozinha, eu não vi ninguém com você, você não tem medo de andar no meio da chuva.
Pietra der repente grita com Maria.
Chega Maria deixe a moça em paz, não vê que ela não esta bem.
Chega de tanta pergunta!
Mas mamãe só mais uma...
Chega Maria já disse:
Moça do barro onde vai dormir?
Maria saia já daqui vá brincar com sua boneca em seu quarto já.
Maria resmunga alguma coisa e sai correndo para o seu quarto para onde a mãe á havia mandado.
Pietra senta-se a beira da cama e acariciando os cabelos de Larissa pergunta?
O que houve com você?
O que aconteceu para vir parar aqui embaixo de um temporal toda enlameada e sozinha.
Você não tem ninguém?
Responda você não tem família, não tem pai, mãe, irmão alguém que possamos avisar para vir buscá-la.
Larissa fica calada não diz nada, ela teme falar a verdade e ser expulsa dali, por isto resolve se calar.
Esta bem não quer falar não fale, mais descanse e depois conversaremos.
Retira-se do quarto deixando-a sozinha com seus pensamentos que a levam de volta a sua casa onde tudo começou.
Volta ao tempo de escola onde aprendera a ler as primeiras palavras, para ela era um sonho poder conhecer as letras e ler suas próprias histórias.
Tudo parecia tão fácil e pratico, fazia parte do dia a dia de qualquer pessoa comum, mas, no entanto tudo iria mudar a partir dali.
Sua professora uma moça muito bonita, que a convite dela passou a freqüentar sua casa, sua mãe uma senhora simples e humilde que dedicava todo seu tempo à família, a sua casa e a seus filhos.
Larissa tinha mais dois irmãos, Miguel e Rafael, dois meninos um pouco mais velhos que ela, mas meninos educados e inteligentes.
E para sua mãe Diva, este era o nome dela, os três era tudo.
Seu pai Jovem ainda bonito, muito galante e dono de uma pequena fazenda com algumas cabeças de gado era uma pessoa cobiçada e invejada pelos moradores do lugar.
Larissa se transporta para sua casa e quase em transe vive toda sua história novamente.
Mamãe... Mamãe eu trouxe minha professora para conhecer a senhora.
Oi como vai... Não repare na bagunça, pois não venço limpar e os meninos bagunçam tudo de novo.
Mas seja bem vinda.
Dona Diva a senhora não imagina a filha que tem...
Ela é super inteligente e tem mais, é uma menina de ouro.
Dona Diva sorri com o elogio e em seguida pede à professora que se sente que vai preparar um cafezinho para ela.
Não se incomode, não quero lhe dar trabalho.
Que trabalho que nada, fazer um cafezinho para a professora de minha filha é uma honra para mim.
Larissa fica folheando um livro que trouxera da escola e não percebe que a professora olha tudo ao redor sem sequer prestar atenção na história que teima ler para ela.
Sua mãe volta com o café e alguns bolinhos que prepara rapidamente enquanto fervia água.
Neste instante seu pai entra na sala cantarolando feliz com o chapéu e o paletó na mão, mais para estático ao ver que tem visita em casa.
Papai veja esta é minha professora!
Desculpe-me não sabia que tinha visita.
Não se preocupe esta tudo bem, deixe-me apresentar.
Meu nome é Vera e adoro sua filha.
Que bom que a minha princesa é querida pela professora.
Dona Diva os interrompe, venham tomar o café que esta fresquinho acabei de passar, e aproveitem para experimentar os bolinhos também.
Larissa o pai a mãe sentam-se a volta da mesa e começam a se servir, quando ouvem os passos de Miguel e Rafael que entram correndo pelo recinto.
VIGÉSIMO QUARTO CAPITÚLOMas enfim chega a noite e enquanto Liza, Edalio pensam numa forma de sair dali, para um lugar mais seguro, longe do alcance do Rei Emanuel e Cirios.No castelo, no entanto começa a chegar os convidados para o funeral do Rei Ferdinando que jaz no meio do salão principal, todo ornamentado por cortinas de seda desenhada em suas bainhas as ecumênicas e paradisíacas flores silvestres que circundavam a ilha de Trailhene.Enquanto que as paredes eram cobertas de veludo, com janelas chapiscadas de imagens que coloriam todo o vermelho do chão, dando assim um ar de imponência e poder.Aquele
TRIGESÍMO SEGUNDO CAPITÚLOMaria entra correndo no quarto e fala aos dois;Eu disse que tudo ia acabar bem, que o anjo de Larissa já tinha me falado, mas ninguém acreditou em mim.Mas não importa, quero ver o bebe.Quando aproxima do bebe, vê o Velho Senhor sorrindo acima da criança jogando o mesmo pozinho que jogara em Larissa sobre o bebe.Ele sorri para a menina e sai flutuando pela janela.Ela olha para os dois e começa a contar. Vocês viram, ele estava aqui.Pietra e o medico sorriem, mas não falam nada, pois sabem que bem lá no fundo, Maria tem razão.Que tudo que aconteceu foi um milagre de DEUS.Diva abraça a filha que torna a perguntar.Mamã
TRIGESIMO PRIMEIRO CAPITÚLODepois do pesadelo de quase dois dias, finalmente os ânimos estavam mais calmos, as crianças em casa, Larissa apesar do seu drama estava bem.Agora é hora de resolver o que vai ser daqui para frente.O dia amanhece tranqüilo e radiante, um sol lindo aquece todo o lugar, o jardim parece mais florido, os pássaros cantam nas arvores pequenas borboletas voam de flor em flor, como se estivessem anunciando novos tempos.Maria e Rafael levantam-se bem cedo e correm para o jardim, Pietra admira os dois brincando alegremente até ouvir Rafael dizer.Olha Maria quem esta ali!Antes que Maria responda, ele acrescenta.Veja Maria é a mesma borboleta que achei lá
TRIGESÍMO CAPITÚLOAcomodam-se embaixo de uma enorme arvore, enquanto decidem o que fazer.Rafael continua com a Borboleta presa na mão, mas ao menor descuido ela escapa e saí voando.O garoto levanta e vai atrás, tentando alcançá-la, mas qual nada a borboleta sumiu no meio das arvores e ele se desespera e começa a chorar.Os outros não o perdem de vista e Miguel vai ao encontro dele, quando depara com um barulho estranho, mas ao mesmo tempo conhecido.Então começa a chamar.Chico, Chico é você?Maria esperta pula e sorrindo grita Miguel.Miguel você viu o Chico?Não sei Maria, o barulho que fez é igual ao dele, mas não
VIGÉSIMO NONO CAPITÚLOLarissa depois de muito tempo acorda, devido a dores muito fortes havia desmaiado e agora que volta á si tem medo de se mexer e as dores voltarem. Fica ali paralisada sem se mexer olha para o teto recoberto de folhagem, para aquele chão esverdeado todo limboso e teme se mover coloca as mãos na cabeça e volta às imagens antigas, quando era criança e feliz.Quando sonhava crescer, estudar, conhecer o mundo encontrar um príncipe encantado, ter um grande amor e ser feliz como sua mãe e seu pai eram.Depois caí na real e vê seu mundo todo desmontado, suas ilusões destruídas, seus sonhos cortados e a felicidade que tinha que vivia transformada em pesadelo.
VIGÉSIMO OITAVO CAPITÚLOO dia esta quase no fim, com os primeiros sinais do por do sol, pequenas estrela surgem dando indício de uma noite calma e tranqüila.A lua radiante aparece iluminando tudo a sua volta e uma leve brisa assopra.Os três pequenos chegam ate a clareira na tentativa de conseguir achar o caminho de volta ou descobrir o paradeiro de Larissa.Mas infelizmente nem uma coisa, nem outra, tudo continua igual, Maria olhava o desenho em suas mãos e via lá no fundo a gruta com uma pequena sombra que parecia uma pessoa.Mas como achar o caminho que os levassem ate lá.Tudo estava muito confuso e ela não conseguia decifrar o mistério que envolvia aquela gruta.Os três pequenos estavam mortos de fome e s
Último capítulo