Dos arbustos, das sombras entre as árvores, das pedras que ladeavam a clareira, homens e mulheres surgiam. Todos de negro, os rostos marcados por cicatrizes ou cobertos por máscaras. Todos com o mesmo símbolo: a rosa retorcida de Helena, em colares, anéis, tatuagens.
O verdadeiro exército do legado sombrio.
— Então era isso... — murmurou Ana, a garganta seca. — Ele não era o único herdeiro.
Adam engoliu em seco, o dedo firme no gatilho da arma, mas sabendo no fundo que não havia munição suficiente para aquilo. Não havia força suficiente em dois corpos para derrotar aquela multidão.
Um homem avançou à frente do grupo. Alto, magro como uma lâmina, os cabelos brancos como a neve, os olhos negros como a noite.
— Adam. Ana. — A voz dele era calma, quase gentil, mas carregada de veneno. — Eu sou Severian. O último comandante de Helena. O guardião do juramento que vocês tentaram enterrar. O guardião do sangue dela.
Ele ergueu as mãos, como quem faz uma prece.
— Entreguem-se. Não precisam mor