A brisa da manhã trouxe um frio cortante que não combinava com o calor da noite anterior. Ana acordou primeiro, sentindo a ausência do corpo de Adam ao seu lado. Enrolou-se em um cobertor e caminhou até a porta da cabana. Ele estava lá fora, de costas para ela, encarando o símbolo marcado na árvore. O rosto tenso, a mandíbula cerrada.
— O que significa isso? — ela perguntou, aproximando-se.
Adam demorou alguns segundos para responder.
— É um círculo de comando. Antigo. Costumava ser usado por Helena em suas operações secretas. Só quem fazia parte do núcleo mais fechado usava esse símbolo.
Ana engoliu em seco.
— Isso quer dizer que...
— Que sobrou alguém. Alguém com poder. E que nos encontrou.
O medo se infiltrou nos ossos dela como veneno. Mas também acendeu algo mais: raiva. Eles haviam destruído tudo, enterrado Helena, queimado os arquivos. E ainda assim, as sombras rastejavam de volta.
Adam tocou levemente o símbolo com os dedos.
— Não foi um aviso. Foi uma declaração de guerra.
Du