Ana agarrou o punho da inimiga e o torceu, forçando a faca a cair. Mas a sombra era forte, ágil, treinada como um fantasma assassino. Empurrou Ana contra a parede, arrancando-lhe um grunhido de dor.
— Você roubou tudo de mim! — gritou ela. — A infância! O nome! O amor da nossa mãe!
— Eu não escolhi isso! — retrucou Ana, empurrando-a com um chute no estômago.
A sombra caiu, mas se ergueu tão rápido quanto um animal selvagem. O rosto agora deformado pela raiva, o sangue escorrendo do lábio partido.
— Eu fui criada para ser você. E quando percebi que nunca seria, decidi me tornar aquilo que o mundo teme. Algo que nem o amor pode salvar.
Antes que o próximo golpe viesse, Adam surgiu.
— Ana! — gritou ele, entrando na ala.
Ele viu a arma caída, correu para pegá-la — mas a sombra foi mais rápida, empunhando a faca de novo e pressionando-a contra o pescoço de Ana.
— Um movimento, e ela morre — avisou, com um sussurro gélido.
Ana respirava com dificuldade. O metal da lâmina gelava sua pele. Ma