As lágrimas ainda estavam secando em meu rosto, faixas salgadas e quentes sobre a pele fria. A dor pela morte de Lorenzo, pela traição, era uma fera viva rasgando minhas entranhas. Mas sob a dor, sob o choque, algo mais frio e mais antigo se agitava. A mesma coisa que havia me sustentado na clínica psiquiátrica, que me impulsionava a reorganizar os livros em meio ao caos, que me permitia mentir com um sorriso nos lábios. A vontade de sobreviver. E, agora, a vontade de vencer.
As vozes ao meu redor eram um zumbido distante. O horror na mesa era palpável. Shoji estava imóvel, Ravish e Rei trocavam olhares aterrorizados, Jasper soluçava silenciosamente. Dante observava a todos nós, um gourmet saboreando um prato especialmente requintado: o nosso sofrimento. Isabela estava parada ao lado dele, sua pose altiva, os olhos azuis brilhando com um triunfo maníaco. Ela pensava que havia vencido. Que havia me quebrado. Ela não enten