O resto do ensopado tinha sido limpo, e o silêncio entre nós dois ficou denso, quase sufocante. Os olhos de Elysa desviavam entre Silas e eu, enquanto seus dedos torciam a borda da toalha de mesa. Eu conseguia ver a preocupação gravada nas linhas do seu rosto, a mesma preocupação que estava lá desde que Silas tinha chegado usando aquela máscara de lobo.
— Fique aqui esta noite — ela disse de repente, com a voz suave, mas firme. — Já é tarde e está frio lá fora.
Silas se recostou na cadeira, com os braços cruzados. Ele a estudou por um momento, a expressão ilegível. Depois, deu de ombros.
— Claro. Por que não?
Os ombros de Elysa relaxaram, apenas um pouquinho.
— Ótimo. Vou ligar para o Pai e avisá-lo. E vou arrumar o quarto de hóspedes.
Ela se levantou, já pegando o celular no bolso.
— Leo, você pode ajudar o Silas com a louça?
Eu assenti, evitando o olhar de Silas.
— Claro.
Enquanto Elysa