O silêncio do quarto era interrompido apenas pelo leve murmúrio do vento batendo nas janelas e pelo ritmo compassado de suas respirações. Dante acordou com o corpo em alerta, um sobressalto percorrendo sua espinha. A realidade o atingiu de imediato: as traições, o perigo à espreita, a pressão de ser o chefe... e Svetlana, tão perto, tão vulnerável.
Ao seu lado, ela se mexeu suavemente, os cabelos desgrenhados se espalhando pelo travesseiro, o olhar ainda sonolento, mas tão incrivelmente linda sob a luz suave do abajur que continuava aceso.
— O que foi? — murmurou com a voz rouca de sono.
Dante balançou a cabeça, forçando-se a fingir tranquilidade.
— Nada. Volte a dormir.
Mas era mentira. Ele não conseguia dormir. Não com a tensão apertando seu peito. Não com a sombra da traição pairando sobre seus homens. Não com ela deitada ao seu lado, tão absurdamente perto...
Suspirou, frustrado, e se ajeitou de novo. Svetlana virou de costas para ele, e ele simplesmente a puxou contra si, envolve