O último acorde vibrou no ar, extinguindo-se lentamente, deixando para trás um silêncio denso, pulsante. Svetlana permaneceu imóvel no centro da sala, com o peito subindo e descendo levemente, ainda imersa na melodia que acabara de interpretar.
Dante se levantou, saiu do quarto secreto e entrou na sala. Fechou a porta com a chave, um som seco que ecoou nas paredes e selou a atmosfera com uma sensação de iminência. Deu longos passos até ela, e sua presença preencheu todo o ambiente.
Svetlana o olhou, entre surpresa e emoção. Seu coração bateu mais rápido quando percebeu que ele não ia parar. Não desta vez.
Dante não pediu permissão.
Segurou sua nuca com firmeza e pressionou seus lábios contra os dela, com uma fúria desbordante, como se a fome o consumisse e só ela pudesse saciá-la. Svetlana arfou contra seus lábios, mas mal teve tempo de reagir antes que ele a devorasse por completo. Um beijo forte, urgente, de necessidade crua.
O fogo acendeu-se imediatamente no corpo dela, derretendo