Desde o vínculo, algo havia mudado.
Isadora podia sentir Cael dentro dela. Não apenas como uma lembrança ou uma emoção — mas como um pulsar. Uma vibração constante, quase imperceptível, que corria sob sua pele. Às vezes, era calor. Às vezes, era uma inquietação. Às vezes, era desejo.
E ela sabia que ele sentia o mesmo.
Naquela noite, o quarto parecia um campo energético. Nenhum dos dois ousava se aproximar do outro. Estavam ali, sentados em silêncio — separados por um espaço que parecia arder. O vínculo não era apenas simbólico. Era um selo vivo. E exigia contato.
— Isso vai piorar antes de melhorar — disse Merah, na sala ao lado, enquanto observava grimórios antigos espalhados pela mesa.
— Já está piorando — respondeu Cael, passando as mãos pelos cabelos, inquieto. — A ligação está fazendo com que os impulsos dela… escapem. E eu… sinto tudo.
— Está abrindo seus canais antigos — Merah assentiu. — Você era o mais sensível de nós, Cael. O vínculo amplificou isso.
— E ela?
Merah olhou pa