O ar dentro da torre parecia gelado, mesmo com a presença quente e ameaçadora de Selene. A luz fraca que entrava pelas janelas altas fazia seus olhos prateados brilhar como estrelas frias. Ela caminhava lentamente, cada passo uma sentença não dita, cada olhar uma lâmina afiada.
— Vocês não deveriam estar aqui — disse Selene, a voz como um sussurro que parecia ressoar nas pedras antigas.
Cael colocou-se firmemente à frente de Isadora, os músculos tensos, os olhos brilhando com determinação.
— O Conselho sabe. Eles vão atrás de nós — disse ele, a voz firme, tentando esconder o medo que apertava o peito.
Selene sorriu, um sorriso cheio de segredos e de dor. — O Conselho sempre sabe. Mas dessa vez, não será simples. Vocês romperam o equilíbrio. Quebraram um selo que deveria permanecer intacto. Agora, as peças estão em movimento, e nada será como antes.
Isadora sentiu a marca no ombro pulsar forte, uma conexão invisível que a ligava diretamente a Selene. O ar parecia vibrar com o poder anc