Desde o vínculo, algo havia mudado.
Isadora podia senti-lo — não apenas como uma lembrança, uma emoção ou um nome ecoando no fundo da mente. Cael pulsava dentro dela. Uma vibração sutil, constante, como uma eletricidade morna que corria sob sua pele. Às vezes era apenas um calor inesperado subindo pela espinha. Outras vezes, era um silêncio cheio de expectativa, como se o próprio ar soubesse que algo estava prestes a acontecer.
E acontecia. Em sonhos. Em toques acidentais. Em olhares que demoravam mais do que o permitido.
Ela sabia que ele sentia o mesmo. Porque o vínculo era vivo. E exigia ser alimentado.
Naquela noite, o quarto era mais do que um espaço — era um campo energético. Ela estava sentada na ponta da cama, ele na poltrona perto da janela, como se a distância física pudesse conter a intensidade do que acontecia entre eles. Mas não podia. Havia algo queimando no silêncio. Um desejo latente. Uma força que os empurrava um para o outro, mesmo quando lutavam contra ela.
Na sala