O Toque da Tempestade
Isadora saiu da escadaria cambaleando. A pele úmida de suor, os olhos turvos com o que vira — com o que sentiu. A Morte não a havia matado. Mas a tinha tocado. Por dentro. Havia algo desperto agora.
Azrael a observava do alto, silencioso. Apenas assentiu, aprovando seu retorno.
Mas foi Cael quem correu até ela, os olhos ardendo de preocupação.
— Isadora…
— Eu estou bem — mentiu.
Ele a segurou pelo braço, firme, e levou-a para um canto mais protegido da torre, onde a luz fraca das velas os envolvia como um segredo. Quando ela se virou para ele, os corpos ficaram próximos demais. A respiração dele bateu em seu rosto. Quente. Rápida.
— Não mente pra mim — ele disse, a voz baixa, grave. — Eu senti você se apagando lá embaixo.
Ela fechou os olhos. Ainda ouvia o sussurro da Morte, o gosto metálico do passado.
— Eu vi uma versão minha… uma que não hesita. Uma que toma o que quer. E ela… me assustou. Mas também me atraiu.
O silêncio entre eles ficou mais tenso que as par