A mão colossal do Primordial avançou para Lyria como um eclipse vivo, bloqueando toda luz.
Kael tentou se levantar, mas o impacto anterior o deixou tonto.
Eran lutava contra a pressão do ar, que parecia empurrá-lo para trás como uma parede invisível.
Lyria só conseguia gritar — o corpo travado, a marca queimando, o medalhão vibrando como se fosse explodir.
O Primordial chegava mais perto.
Mais perto.
Mais perto.
Até que —
o ar ao redor dela RASGOU como tecido sendo cortado.
Um clarão prateado explodiu no centro da fissura.
E uma figura saiu dela.
Não caminhando.
Caindo.
Como se tivesse sido arrancado de outro lugar à força.
Ele caiu de joelhos no chão, a mão cravada na pedra partida, o peito arfando.
Cabelos escuros.
Olhos prateados como metal vivo.
A marca azul queimando no braço.
Lyria conhecia aquele rosto.
— Elyon… — ela sussurrou, sem ar.
Elyon ergueu a cabeça devagar.
Os olhos dele estavam diferentes — mais intensos, mais vivos, mais perigosos.
Era como se a aparição