O primeiro choque foi o ar.Ele entrou nos pulmões de Lyria pesado, denso, quase quente. Ela tropeçou ao sair do arco, como se a gravidade ali fosse diferente. Kael segurou seu braço antes que ela caísse.— Não para — ele disse. — Eles sentem quando o portal é usado.Ela piscou, tentando acostumar os olhos à luz.O céu era escuro, mas não como noite. Era um cinza sujo, sem estrelas, cortado por rachaduras finas de brilho prateado. Torres de pedra negra subiam ao redor, conectadas por pontes suspensas. No horizonte, muralhas gigantes cercavam tudo, como se a cidade fosse uma prisão ou uma fortaleza.Lyria engoliu seco.— Isso… é o seu mundo?Kael respondeu sem parar de andar:— Uma parte dele. A parte que ainda aguenta ficar de pé.Eles estavam num pátio de pedra, cercado por muros altos. Símbolos prateados marcavam o chão — círculos, linhas, marcas que ela não reconhecia, mas sentia como se vibrassem sob seus pés.Um grito soou vindo de uma torre próxima:— Portal menor ativado! Quem
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